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Economia

Metade das famílias que recebem Bolsa Família deixa o mercado de trabalho, aponta estudo

Pesquisa da FGV Ibre revela queda na participação de jovens homens, especialmente no Norte e Nordeste, após aumento do benefício médio

23/08/2025 às 10:22 por Redação Plox

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), divulgado em agosto, aponta que uma em cada duas famílias que recebem o Bolsa Família acaba se afastando do mercado de trabalho.


Imagem Foto: MDS

O estudo foi conduzido pelo pesquisador Daniel Duque e analisou os efeitos do programa após a ampliação do benefício médio, que subiu para cerca de R$ 670 em 2023. A conclusão é que a participação no mercado de trabalho no Brasil não voltou ao patamar registrado antes da pandemia. Segundo ele, “a taxa de participação brasileira caiu de 63,6% no último trimestre de 2019 (...) chegando a um mínimo de 61,6%”.


O ponto de partida para essa mudança foi a pandemia, em 2020, quando surgiu o Auxílio Emergencial de R$ 600. A medida inspirou o Auxílio Brasil, criado ainda no governo Bolsonaro. Já em 2023, durante o governo Lula, o nome Bolsa Família foi retomado e novos adicionais foram incorporados ao pagamento, elevando o benefício médio e ampliando o número de famílias contempladas, que passou de 14 milhões para 21 milhões. O orçamento também cresceu, saltando de R$ 35 bilhões em 2017 para R$ 170 bilhões.


Outro dado destacado é que, atualmente, o valor médio pago pelo Bolsa Família representa cerca de 35% da renda mediana do trabalho no país — percentual bem acima dos 15% registrados até 2019. Para Duque,
"não é de surpreender, portanto, que o programa, que em sua primeira fase não afetava a oferta de trabalho, tenha passado a fazê-lo quando o benefício passou a representar uma parcela muito maior do salário mediano brasileiro\

A pesquisa também revela que os principais impactos estão entre homens jovens, de 14 a 30 anos, especialmente no Norte e no Nordeste. Entre as mulheres, não foi identificado o mesmo efeito. Os pesquisadores explicam que, como o governo dispõe de informações sobre empregos formais, muitos beneficiários acabam evitando esse tipo de ocupação por receio de perder o direito ao Bolsa Família, enquanto o trabalho informal se torna uma alternativa menos arriscada.


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