Devido à estiagem, Paracatu decreta estado de calamidade por 180 dias
Segundo prefeitura, durante o período serão feitas ações de 'resposta à estiagem'
Por Plox
22/09/2021 21h11 - Atualizado há quase 4 anos
Em razão do risco de desabastecimento de água em Paracatu, no Noroeste de Minas, a prefeitura local decretou, nesta quarta-feira (22), estado de calamidade pública por 180 dias. Segundo a administração municipal, durante o período serão feitas ações de "resposta à estiagem".
Conforme a publicação, a situação excepcional é provocada por "desastre natural climatológico, configurado por estiagem prolongada e baixos índices pluviométricos registrados no município que provocaram a redução sustentada das reservas hídricas".
Por essa razão, o decreto municipal autorizou a mobilização de órgãos municipais, coordenados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, para ações de resposta à estiagem. A prefeitura, no entanto, não informou quais serão esses empenhos.
Além disso, o Executivo convocou voluntários para apoiarem o trabalho, incluindo a realização de campanhas de arrecadação de recursos. Segundo o texto, o estado de calamidade tem validade de 180 dias, e pode ser prorrogado, em caso de necessidade.
O Plox procurou a Copasa e a prefeitura para obter mais informações sobre o abastecimento d'água na cidade, e aguarda retornos.
Crise hídrica
Também nesta quarta (22), o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), declarou que o sistema elétrico que abastece o Estado está operando no limite de sua capacidade, por causa da crise hídrica, e que há risco de desabastecimento.
“Vivemos um momento de escassez de chuvas e, consequentemente, uma crise hídrica que está se desdobrando para se tornar uma crise energética”, declarou Zema ao participar, nesta manhã, do anúncio de medidas para tombar os lagos do Peixoto e de Furnas (este, a maior extensão de água do estado, com 1.440 quilômetros quadrados (km²), ou quatro vezes a área da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro).