Cerca de 2,6 milhões de veículos no Brasil ainda circulam com airbags da Takata que podem representar grande risco aos ocupantes. Esses equipamentos defeituosos, em caso de colisão, podem expelir fragmentos metálicos a uma velocidade superior a 300 km/h. O problema já foi responsável por sete mortes no país, conforme revelado por um levantamento da TV Globo.

A dimensão do recall
O recall desses airbags é considerado um dos maiores da história automotiva, afetando aproximadamente 100 milhões de veículos no mundo. No Brasil, cerca de 5,9 milhões de carros foram afetados, dos quais 3,3 milhões já passaram pelo reparo. O serviço consiste na troca do insuflador, uma cápsula metálica defeituosa, e é realizado gratuitamente pelas montadoras.

Segundo especialistas, o defeito é causado pela exposição prolongada do componente a condições climáticas adversas, como calor e umidade, o que leva à oxidação da peça e torna a explosão no momento do acionamento descontrolada.

Montadoras e fiscalização sob críticas
Rodolfo Rizzotto, coordenador do programa SOS Estradas, afirma que as montadoras deveriam ser fiscalizadas com maior rigor em relação aos recalls. Ele critica a prática do "recall branco", quando empresas evitam divulgar defeitos que poderiam comprometer a segurança para evitar custos elevados.

Embora as montadoras sejam responsáveis por comunicar o recall, especialistas, como o perito Rodrigo Kleinubing, destacam a necessidade de campanhas mais amplas e eficientes para conscientizar os proprietários sobre os riscos.

Como consultar e realizar o recall
Os proprietários de veículos podem verificar se há recall pendente para os airbags Takata através do site da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), informando o número do chassi ou da placa do veículo. Diversas montadoras também mantêm canais próprios para essa consulta e agendamento do reparo.

Marcas como Honda, Nissan, BMW, Volkswagen e Toyota garantem que têm as peças disponíveis em estoque e pedem que os proprietários agendem a troca imediatamente.