Cursos com maiores índices de desemprego no Brasil são revelados

Estudo aponta quais graduações enfrentam maiores desafios no mercado de trabalho, enquanto áreas como Medicina e TI destacam-se pela alta empregabilidade.

Por Plox

23/09/2024 09h26 - Atualizado há 29 dias

Um estudo realizado pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) revelou quais cursos apresentam os maiores índices de desemprego entre seus formados no Brasil. A pesquisa, realizada entre agosto e setembro de 2024, contou com a participação de 5.681 egressos de instituições públicas e privadas em todos os estados brasileiros. O levantamento apontou que, entre os formados em História, 31,6% estão desempregados, liderando a lista de cursos com menos empregabilidade.

 

Alto desemprego em várias áreas

Além de História, outras áreas enfrentam altas taxas de desemprego. Relações Internacionais aparece logo em seguida, com 29,4% de seus egressos sem emprego, seguida por Serviço Social (28,6%), Radiologia (27,8%) e Enfermagem (24,5%). Cursos tradicionais como Química (22,2%) e Nutrição (22%) também figuram na lista de profissões com mais dificuldades para absorção no mercado de trabalho.

 

Cursos com maior empregabilidade

Por outro lado, o estudo mostrou que cursos como Medicina, com 92% dos formados empregados, Farmácia (80,4%) e Odontologia (78,8%) apresentam os maiores índices de empregabilidade, sendo altamente demandados no mercado. Na área de tecnologia, Gestão da Tecnologia da Informação (78,4%) e Ciência da Computação (76,7%) também estão entre os cursos com maior empregabilidade, refletindo a crescente demanda por profissionais de TI no Brasil.

 

Formados fora da área de atuação

Um dado interessante revelado pela pesquisa é a quantidade significativa de formados que acabam atuando em áreas distintas daquelas para as quais se formaram. A Engenharia Química lidera esse aspecto, com 55,2% de seus egressos trabalhando em setores diferentes do curso de formação. Relações Internacionais (52,9%) e Radiologia (44,4%) também apresentam altos índices de profissionais que migram para outras áreas, seja por falta de oportunidade ou mudança de interesse.

 

Diferenças salariais entre quem trabalha na área e fora dela

A pesquisa ainda revelou que os profissionais que atuam na área de formação ganham, em média, 27,5% a mais do que aqueles que trabalham em setores distintos. Aqueles que conseguem emprego na sua área ganham, em média, R$ 4.494, enquanto os que migram para outros setores recebem em torno de R$ 3.523.

 

Presencial x EAD: impacto na renda

Outro dado importante apontado pelo levantamento é a diferença salarial entre egressos de cursos presenciais e a distância (EAD). Formados em cursos presenciais têm uma renda média 22,9% maior, com valores de R$ 4.204 para quem estudou presencialmente, contra R$ 3.422 para aqueles que cursaram EAD.

 

Perspectivas do mercado

Embora o cenário seja desafiador para algumas áreas, o estudo evidencia que a empregabilidade é fortemente influenciada pelo curso escolhido, além de fatores como flexibilidade de atuação em outras áreas e a modalidade de ensino.

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