Elon Musk obtém autorização para testes do chip cerebral Neuralink em humanos

Tecnologia visa restaurar funções motoras e sensoriais, mas desperta preocupações quanto à segurança.

Por Plox

23/10/2023 07h24 - Atualizado há mais de 1 ano

Elon Musk, um nome já reconhecido no mundo da tecnologia, recentemente garantiu autorização para iniciar testes do chip cerebral desenvolvido por sua empresa, a Neuralink. Segundo Musk, o foco principal da tecnologia é auxiliar pessoas que, devido a lesões na coluna vertebral ou condições como ELA (esclerose lateral amiotrófica), perderam a capacidade de mover membros do corpo. A ideia é que, através de softwares, esses indivíduos possam recuperar a mobilidade, controlando seus movimentos por meio de impulsos cerebrais.

REPRODUÇÃO/TWITTER/@ZAP_NEWSBR

Ampliando horizontes: além da mobilidade

A ambição de Musk e da Neuralink não se limita apenas à restauração da mobilidade. Há um interesse em ajudar pessoas que perderam outras funções corporais, como visão, fala ou audição. Citando os autores do artigo "Interfaces Cérebro-Computador em Medicina", Jerry Shih, Dean Krusienski e Jonathan Wolpaw, “O principal objetivo de interfaces como o Neuralink é substituir ou restaurar funções úteis para pessoas incapacitadas por distúrbios neuromusculares, como ELA, paralisia cerebral, acidente vascular cerebral ou lesão da medula espinhal", conforme informado pelo tabloide britânico Daily Star.

Elon Musk também expressou seu desejo de expandir a experiência humana, sugerindo que o chip poderia ser benéfico até mesmo para aqueles sem deficiências ou problemas de saúde. Philip Sabes, neurocientista que cofundou a Neuralink, mencionou anteriormente que o chip poderia até melhorar o humor, tornando-se uma potencial ferramenta no tratamento de problemas de saúde mental, como a depressão.

Preocupações da comunidade científica

Apesar das promessas revolucionárias, o projeto Neuralink não está livre de críticas e preocupações. Alguns cientistas demonstraram apreensão com os testes, principalmente após uma investigação revelar que vários macacos sofreram efeitos colaterais graves, como infecções crônicas, paralisia e inchaço cerebral, após receberem o implante. Este fato realça a importância de abordagens cautelosas e transparentes ao se avançar com os testes em humanos.

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