FAB intercepta aeronave vinda do Peru em operação contra tráfico no Amazonas
Avião clandestino que ingressou no espaço aéreo brasileiro é forçado a pousar em Lábrea; tripulante incendeia aeronave e foge.
Por Plox
23/10/2024 14h20 - Atualizado há 8 meses
Na manhã desta terça-feira (22/10), a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou uma aeronave modelo PA-28 Cherokee, que entrou clandestinamente no espaço aéreo brasileiro, vinda do Peru. O incidente ocorreu no município de Lábrea, no interior do Amazonas. A operação foi supervisionada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), como parte de ações para combater atividades ilícitas na região de fronteira.
Ação das aeronaves de defesa
Quando o tráfego irregular foi identificado pelos radares do Sistema de Defesa Aérea Brasileiro (SISDABRA), aeronaves de defesa A-29 Super Tucano e um E-99 de reconhecimento e vigilância foram acionados. A interceptação ocorreu às 10h50 (horário de Brasília), quando a FAB implementou as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), realizando etapas progressivas de averiguação, intervenção e persuasão, incluindo um tiro de aviso.
Pouso forçado e fuga do tripulante
Apesar das ordens para mudar a rota e realizar um pouso obrigatório, o piloto da aeronave ignorou as instruções, sendo forçado a pousar em uma área descampada ao sul da pista de Lábrea, nas proximidades da Rodovia Transamazônica. Ao aterrissar, o tripulante ateou fogo no avião e fugiu do local. A Polícia Federal foi acionada para realizar as medidas de controle em solo e iniciar as investigações sobre o incidente.

Operação Ostium: combate a ilícitos transfronteiriços
A ação faz parte da Operação Ostium, que integra o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), cujo objetivo é coibir crimes transfronteiriços, como o tráfico de drogas. A operação é realizada em cooperação entre a FAB e órgãos de segurança pública, conforme o Decreto nº 5.144 de 2004.
O Major-Brigadeiro do Ar João Campos Ferreira Filho, Chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, destacou a eficácia das tecnologias de monitoramento utilizadas na operação. "As tecnologias de monitoramento embutidas em nossos radares, juntamente com a prontidão das tripulações e controladores, aumentam a nossa capacidade de mapear as rotas dos traficantes e agir para impedir que a droga chegue em seu destino", afirmou o oficial.