Política

Servidores da Copasa entram em greve contra privatização em Minas

Paralisação por tempo indeterminado pressiona Assembleia, enquanto sindicato exige referendo popular sobre o futuro da estatal e critica retirada dessa obrigatoriedade pela PEC 24/2023.

23/10/2025 às 06:53 por Redação Plox

Os servidores da Copasa iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira (22/10). A mobilização foi definida após uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que debateu os projetos de lei do governo estadual relacionados à possível privatização da companhia.

Copasa é alvo de críticas dos deputados por suas dívidas com a União.

Copasa é alvo de críticas dos deputados por suas dívidas com a União.

Foto: Divulgação/Copasa

Greve busca pressionar votação na ALMG

De acordo com representantes sindicais, o objetivo do movimento é garantir a presença de trabalhadores na ALMG durante a tramitação dos projetos e fortalecer a defesa de consultas populares sobre o futuro da empresa.

Nossa mobilização é a favor do direito social do povo, do referendo popular. Temos a expectativa de chamar a atenção da população porque a pauta não é só interesse dos trabalhadores, mas também da população, que tem o direito de decidir sobre a privatização ou não. – Eduardo Pereira, presidente do Sindágua

Trabalhadores defendem referendo popular

Inicialmente, a paralisação estava prevista para os dias 21, 22 e 23 de outubro, datas em que o projeto poderia ser votado. Como a apreciação pode se estender além do prazo, os servidores decidiram manter a greve para garantir acompanhamento das discussões.

A principal crítica dos trabalhadores é à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 24/2023, que elimina a exigência de referendo popular para venda da Copasa, transferindo a decisão apenas para os deputados estaduais.

Serviços essenciais serão mantidos

O sindicato já cogitou uma paralisação total dos serviços como forma de protesto contra o projeto, mas ainda não houve definição sobre a adoção desta medida mais extrema.

Segundo nota da Copasa, houve entendimento com o Sindágua-MG para assegurar que serviços essenciais — como abastecimento de água e tratamento de esgoto — continuem operando normalmente.

O sindicato garantiu ainda atender ao pedido da Companhia para que não haja prejuízo à população. Diante de demandas sindicais que ultrapassam o poder de discussão da empresa, a Copasa vai monitorar a situação e tomar as medidas necessárias para garantir a continuidade das operações de seus serviços, reforçando o compromisso da empresa com a saúde, o bem-estar e a segurança hídrica dos mineiros. – nota da Copasacom a Uni

Compartilhar a notícia

V e j a A g o r a