Aliança política em Minas: PSD, PT e União Brasil contra Zema em 2026
Estratégia política mineira se desenha para 2026 com foco na sucessão estadual
Por Plox
23/11/2023 16h06 - Atualizado há mais de 1 ano
O cenário político de Minas Gerais para as eleições de 2026 começa a ganhar contornos definidos com a possibilidade de uma aliança entre PT, PSD e União Brasil. Essa coligação tem como objetivo formar um bloco opositor ao governador Romeu Zema (Novo), que foi reeleito em primeiro turno em 2022 e agora visa a Presidência da República.

Rodrigo Pacheco, figura central na negociação da dívida de Minas
Rodrigo Pacheco (PSD), atual presidente do Senado, surge como um potencial candidato ao governo de Minas. Seu papel foi crucial na negociação da dívida do estado, estimada em cerca de R$ 160 bilhões com a União. Pacheco, juntamente com figuras como Tadeu Martins (MDB), presidente da Assembleia de Minas, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), apresentou uma proposta alternativa sobre a dívida ao presidente Lula.
Possíveis movimentos e candidaturas dentro da aliança
Há especulações sobre a possibilidade de Pacheco deixar o PSD para se filiar ao União Brasil, com Silveira como vice-governador em sua chapa. Este cenário depende da autorização de Gilberto Kassab, presidente do PSD nacional. O PT, sem candidato próprio ao governo de Minas, considera lançar a prefeita de Contagem, Marília Campos, ao Senado. Alternativamente, Campos poderia ser vice-governadora, com Silveira concorrendo ao Senado. Esta configuração deixa em aberto a questão de quem será o candidato do Novo, com Mateus Simões (Novo), vice-governador atual, e Marcelo Aro (Progressistas) como possíveis nomes.
Desafios e decisões pendentes
Ainda não está claro se Pacheco está interessado na troca de partido. Marília Campos, que tem um histórico de gestão em Contagem, enfrenta o dilema de aceitar um papel de vice em uma aliança que exige concessões. Além disso, caso seja reeleita em 2024, a questão de quem assumiria a prefeitura em seu lugar permanece. Quanto a Alexandre Silveira, com aspirações a um cargo Executivo, resta a decisão entre concorrer ao Senado ou aceitar a vice-governatura.
O cenário político mineiro para 2026, embora ainda incerto, reflete as dinâmicas e estratégias que começam a se formar, com implicações significativas para o futuro político do estado.