Efeitos intensos do El Niño previstos para dezembro e início de 2024

Pesquisadores alertam para aumento de temperaturas e tempestades

Por Plox

23/11/2023 08h00 - Atualizado há mais de 1 ano

2023 está a caminho de se tornar o ano mais quente já registrado, e segundo pesquisadores climáticos, dezembro promete ser ainda mais quente e seco. Esta previsão, que se estende ao início de 2024, é atribuída à intensificação do fenômeno El Niño, que envolve o aquecimento das águas do oceano Pacífico.

Impacto Agravado do El Niño A Academia Brasileira de Ciências (ABC) destacou, em uma conferência recente, que o El Niño de 2023-2024 poderá trazer impactos severos no Brasil, especialmente com um aumento da seca no centro da Amazônia e no semiárido. Estes efeitos se somam às consequências das mudanças climáticas, exacerbando os padrões de calor e tempestade.

Projeções Futuras Regina Rodrigues, professora de oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mencionou que as projeções apontam para El Niños mais extremos no futuro. Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da USP, reforçou essa visão, indicando que os eventos climáticos estão se tornando mais extremos e frequentes devido às mudanças climáticas.

Desafios e Riscos O Brasil enfrenta desafios significativos com a chegada de tempestades e calor intenso. Mais de 3.000 quilômetros quadrados do país estão em áreas de risco de desastres climáticos, principalmente devido a deslizamentos de terra. A meteorologista Chou Sin Chan, do Inpe, durante o mesmo evento, enfatizou a necessidade de protocolos para lidar com grandes chuvas e o risco de desertificação da Amazônia.

Eventos Climáticos Extremos Nos últimos meses, o mundo testemunhou uma série de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, incêndios e inundações, exacerbados pelo aquecimento global. Julho e agosto de 2023 foram os meses mais quentes registrados globalmente, de acordo com o Observatório Europeu Copernicus (EMS). O fenômeno El Niño, que se caracteriza pelo aquecimento das águas do Pacífico, tem sido um fator chave nessa escalada de eventos climáticos extremos.

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