Ataque recente na Ucrânia revelou o míssil balístico Oreshnik, apresentado por Vladimir Putin como uma resposta a ações do Ocidente e ao conflito em andamento.

Demonstrando força militar em ataque à Ucrânia

Na quinta-feira (21), a Rússia realizou um ataque contra Dnipro, na Ucrânia, utilizando o recém-desenvolvido míssil balístico hipersônico Oreshnik. Segundo o presidente Vladimir Putin, o lançamento ocorreu como parte de um teste do armamento e foi uma resposta a bombardeios ucranianos em território russo, realizados com mísseis fornecidos por Estados Unidos e Reino Unido.

O arsenal militar da Rússia é considerado o maior do mundo, contendo uma vasta gama de mísseis balísticos e de cruzeiro, de curto alcance a intercontinentais, capazes de atingir alvos na Europa e nos Estados Unidos. Dados do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), um think tank especializado em equipamentos militares, destacam o avanço tecnológico dos mísseis russos, com sistemas guiados de alta precisão e modelos adaptados a diferentes cenários bélicos.

Características do arsenal russo

Entre os mísseis russos mais conhecidos estão:

• SSC-7 e P-800 Oniks: Alcance de 300 km.
• Iskander-M: Alcance de 500 km.
• Kh-47M2 Kinzhal e 3M14 Kalibr: Entre 1.500 e 2.500 km.
• RS-28 Sarmat e R-36 Satan: Superam 10.000 km de alcance, sendo alguns dos mais poderosos.
• Avangard: Velocidade de Mach 20 (20 vezes a velocidade do som).

De acordo com o CSIS, a maior parte desses armamentos possui capacidade de transportar ogivas nucleares. Alguns modelos são de potência entre 0,1 e 0,8 megaton, podendo ser até 53 vezes mais destrutivos que a bomba de Hiroshima.

Novo decreto sobre armas nucleares

Nesta semana, Vladimir Putin assinou um decreto flexibilizando as diretrizes de uso de armas nucleares, intensificando tensões internacionais no contexto do conflito com a Ucrânia.

Ataque em Dnipro e reação ucraniana

O míssil Oreshnik foi lançado a partir da região de Astrakhan, no sul da Rússia, e percorreu cerca de 1.000 km até atingir a cidade de Dnipro. Autoridades ucranianas confirmaram que a ofensiva atingiu infraestrutura industrial e causou incêndios. Duas pessoas ficaram feridas.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou Putin duramente, descrevendo-o como "maluco" e acusando-o de desdenhar da vida humana. "Hoje, foi mais uma demonstração da verdadeira natureza da Rússia: desprezo pela dignidade, liberdade e pela própria vida", declarou Zelensky.