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Política
Aliados atribuem a surto emocional tentativa de Bolsonaro de violar tornozeleira eletrônica
Vídeo em que ex-presidente admite ter usado ferro de solda no equipamento fortalece versão de desequilíbrio emocional, enquanto relatório oficial aponta danos e registro de violação usado para embasar decisão judicial
23/11/2025 às 08:16por Redação Plox
23/11/2025 às 08:16
— por Redação Plox
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Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmam que ele passou por um “surto” emocional ao usar um ferro de solda para tentar violar a tornozeleira eletrônica. Pessoas próximas à família relatam que Bolsonaro dizia acreditar estar ouvindo vozes vindas do equipamento.
A versão ganhou força após a divulgação de um vídeo em que o ex-presidente admite ter “metido ferro” na tornozeleira. Antes desse registro vir a público, alguns aliados negavam a violação citada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ao decretar a prisão do ex-presidente. Ao jornal Folha de S.Paulo, o irmão de Bolsonaro, Renato Bolsonaro (PL), chegou a classificar o episódio como “história da Chapeuzinho Vermelho”.
Bolsonaro tentou burlar a tornozeleira eletrônica
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Estado emocional e tese de surto
Líder do PL na Câmara, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ) afirmou ao Estadão que o episódio revela um quadro emocional instável do ex-presidente, descrevendo que o estado dele estaria “totalmente alterado”.
Outros aliados repetem a avaliação de que Bolsonaro sofreu um surto, mas negam qualquer plano de fuga. Argumentam que, se essa fosse a intenção, ele teria removido a tornozeleira no momento de deixar o local, e não cerca de 24 horas antes.
Nas redes sociais, o deputado estadual Lucas Bove (PL), aliado de Bolsonaro, usou um exemplo hipotético para contestar a tese de fuga, questionando se alguém que pretendesse escapar mexeria no sistema de monitoramento com tanta antecedência ou cortaria rapidamente o aro da tornozeleira instantes antes de partir.
Relatório aponta dano e violação do equipamento
De acordo com relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do governo do Distrito Federal enviado ao STF, a tornozeleira apresenta queimaduras em toda a sua circunferência. O documento registra que uma violação foi detectada às 00h07 deste sábado, 22, quando o sistema de monitoramento acionou a equipe de policiais penais responsável pela escolta na residência de Bolsonaro.
Questionado sobre as imagens anexadas ao relatório, que mostram o objeto danificado, o advogado Paulo Bueno, representante do ex-presidente, limitou-se a dizer que a tornozeleira foi imposta para “causar humilhação” a Bolsonaro.
Admissão do uso de ferro de solda
Nas imagens que circulam, Bolsonaro aparece relatando o que fez com o equipamento a uma policial. Ele afirma ter usado um ferro de solda, mas nega que tenha conseguido romper a pulseira, sustentando que o acessório continuaria funcionando normalmente.
Paralelamente, a repercussão do caso alimenta o embate político em torno da prisão do ex-presidente. Aliados defendem a tese de desequilíbrio emocional e rejeitam a narrativa de tentativa de fuga, enquanto os documentos oficiais destacam danos materiais consistentes na tornozeleira e registro formal de violação, reforçando o embasamento da decisão judicial.
Ex-presidente participa por videoconferência de sessão em Brasília neste domingo (23/11), que vai avaliar legalidade da prisão e condições de saúde, após tentativa de romper tornozeleira eletrônica
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