O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou, nesta terça-feira (23), o reconhecimento da música gospel como manifestação cultural nacional, ao assinar um decreto durante solenidade no Palácio do Planalto. O evento, porém, contou com a presença de poucos cantores do segmento, conforme antecipado pelo Pleno.News.

O texto do decreto estabelece que a cultura gospel passa a ser compreendida como o conjunto de expressões artísticas, culturais e sociais vinculadas à manifestação de fé no Brasil. A norma também orienta que políticas públicas de cultura considerem a valorização, a promoção e a proteção desse segmento.

Lula faz balanço do ano em discurso no Planalto

Durante a cerimônia, Lula relacionou o ato de reconhecimento da cultura gospel ao contexto político e econômico do país ao longo do ano, mencionando avaliações negativas feitas no início de 2025 sobre o desempenho do Brasil e a relação do governo com o Congresso Nacional.

Nós estamos terminando um ano que começou com muita gente desacreditando no futuro deste país. Se vocês pegarem a imprensa e pegarem a parte da imprensa que fala do crescimento do Brasil, que fala da relação com o Congresso Nacional, que fala do crescimento econômico, vocês vão perceber que todas as previsões eram negativas

Lula

Na sequência, o presidente afirmou que não acredita em um país destinado ao fracasso e relembrou ensinamentos de sua mãe sobre perseverança e superação de obstáculos, defendendo que mudanças são possíveis com vontade e disposição.

Presença política contrasta com ausência de grandes nomes do gospel

A solenidade reuniu políticos evangélicos, como o advogado-geral da União, Jorge Messias, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ).

Do meio musical, participaram o pastor e cantor Kleber Lucas e Nívea Silva. Uma fonte ouvida pelo Pleno.News relatou que a assessoria presidencial encontrou dificuldade para atrair artistas mais conhecidos do gospel para o evento, o que gerou preocupação com a possibilidade de a cerimônia ser vista como esvaziada e com pouca representatividade.

Representantes de igrejas levam apresentações ao Planalto

Também estiveram presentes representantes de diferentes segmentos da igreja evangélica, que realizaram apresentações artísticas e discursos ao longo da cerimônia, reforçando o caráter religioso e cultural do encontro no Palácio do Planalto.

Com informações AE