Governo de Minas vai rever contrato sobre o Mineirão com Minas Arena

O governo de Minas realizou uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (24) para tratar sobre os assuntos que envolve a concessão do estádio Mineirão e os jogos de futebol no estádio. Na oportunidade, o representante do governo disse que eles irão rever o contrato com a Minas Arena.

De acordo com o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, um comitê também será montado e nele terá representantes de Cruzeiro, Atlético e América. Uma das funções dos representantes será verificar o calendário feito pela Minas Arena para eventos no estádio.

“Do ponto de vista prático, a Minas Arena tem que apresentar o calendário dos eventos dos próximos doze meses e aí os representantes do comitê vão fazer os questionamentos. A Minas Arena tem a obrigação de explicar, por escrito, porque determinada data A, data B, não é factiva”, disse o secretário. 

Na coletiva também foi citada a situação do Cruzeiro, já que o clube questiona valores cobrados para que os jogos possam ocorrer no estádio, em resposta, Fernando Marcato disse que o governo possui datas que podem ser usadas gratuitamente durante o ano e isso poderia ser divido.

“Se esse for o tema que aparecer no comitê, aí a gente vai ter que olhar. Vou dar um exemplo: o estado tem direito a 66 eventos de futebol gratuitos, o estado pode avocar 66 eventos. Se for o caso, metade vai par o Atlético e metade para o Cruzeiro, aí o estado pode até participar nesse sentido de receito”, explicou. 

Ainda na coletiva, ele disse que também é um interesse do estado que os jogos de futebol continuem acontecendo no local, já que esse é o intuito do estádio e também vai diminuir o valor repassado a empresa para cobrir teto de gastos. 

“A Minas Arena foi contratada por meio de uma licitação para reformar o estádio, ela fez isso, com o dinheiro que ela pegou no banco, e o estado está reembolsando e remunerando ela ao longo dos anos. O estado ficou pagando até final do ano passado cerca de R$ 10 milhões por mês e agora está pagando em torno de R$ 3 a R$ 4 milhões por mês. Po isso nós temos restrição a esse projeto”, afirma o secretário.

O secretário ainda afirmou que o governo tem a obrigação de garantir que o futebol seja jogado no Mineirão. “O governo tem uma obrigação legal, e aí não é o Fernando, de garantir que o futebol seja jogado no Mineirão. Hoje eu tive um fato novo, dizendo que não vai ter mais futebol no Mineirão, eu tenho que agir”, afirmou