Estados Unidos testará execução por asfixia com Nitrogênio em condenado

Kenneth Smith enfrentará método inédito de execução após sobreviver a tentativa anterior por injeção letal

Por Plox

24/01/2024 10h03 - Atualizado há mais de 1 ano

Kenneth Smith, um homem condenado à morte nos Estados Unidos por um assassinato cometido em 1988, está programado para ser submetido a uma forma de execução nunca antes utilizada no país: a asfixia por nitrogênio. Este método, que será aplicado na próxima quinta-feira, consiste em forçar o condenado a inalar nitrogênio puro, privando-o de oxigênio, o que resulta em morte. A técnica, autorizada em estados como Alabama, Oklahoma e Mississippi, tem gerado intensa controvérsia e críticas de organizações de direitos humanos e especialistas da ONU, que a consideram "cruel e desumana".

Foto: Alabama Department of Corrections / Divulgação

Contexto da Controvérsia

Smith, que já passou por uma tentativa falha de execução por injeção letal em 2022, agora se encontra no centro de um debate ético e legal. Especialistas da ONU instaram as autoridades a repensarem a execução, argumentando que a asfixia por nitrogênio pode causar uma morte dolorosa e ser considerada uma forma de tortura. A falta de precedentes e estudos detalhados sobre o método aumenta a preocupação de que Smith esteja sendo usado como cobaia em um "experimento macabro".

Desafios Legais e Opiniões Divergentes

A defesa de Smith tem lutado para impedir a execução, alegando que o método proposto viola a Constituição dos EUA ao impor uma "punição cruel e incomum". Ademais, destacam o trauma psicológico sofrido por Smith após a tentativa de execução anterior e o potencial sofrimento que a asfixia por nitrogênio poderia causar. Apesar dos esforços legais, incluindo apelações ao Supremo Tribunal dos EUA, a execução está marcada para seguir em frente.

Debate Maior Sobre a Pena de Morte

Este caso ressalta o debate contínuo sobre a pena de morte nos Estados Unidos, onde a dificuldade de obter drogas para execução por injeção letal levou alguns estados a explorar alternativas controversas. A discussão também se insere no contexto mais amplo da posição do governo federal sobre a pena de morte, com o presidente Joe Biden tendo se comprometido a abolir as execuções federais, uma promessa ainda não concretizada.

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