Arroz envenenado faz sexta vítima no Piauí; padrasto é suspeito
Caso de intoxicação já matou seis pessoas, incluindo crianças; polícia investiga conexão com envenenamento anterior
Por Plox
24/01/2025 20h57 - Atualizado há cerca de 2 meses
Maria Jocilene da Silva, de 32 anos, tornou-se a sexta vítima fatal do caso de envenenamento com arroz contaminado por chumbinho no Piauí. A morte foi confirmada pelo Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, nesta sexta-feira (24/1). Jocilene era vizinha da família atingida pela tragédia, que já registrou seis óbitos desde o início do ano.

Cronologia das mortes
A série de envenenamentos começou no dia 1º de janeiro, quando nove pessoas da mesma família passaram mal após um almoço. Desde então, seis faleceram:
- Francisca Maria da Silva, 32 anos
- Manoel Leandro da Silva, 18 anos
- Maria Gabriele Silva, 4 anos
- Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses
- Lauane da Silva, 3 anos
- Maria Jocilene da Silva, 32 anos
O padrasto de Francisca, Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso no dia 8 de janeiro sob suspeita de ser o autor dos envenenamentos.
Nota oficial e investigações
Em nota, o hospital lamentou o falecimento de Maria Jocilene e informou que o corpo foi enviado ao Instituto Médico Legal (IML), onde exames determinarão a causa da morte. “Neste momento de imensa dor, expressamos nossas mais sinceras condolências à família da paciente e reafirmamos que a equipe multidisciplinar do Heda atuou com total dedicação, seguindo rigorosamente todos os protocolos e medidas necessárias para garantir o melhor atendimento desde a admissão da paciente.”
Relação com outro caso de envenenamento
A polícia identificou conexões entre este caso e o falecimento de duas crianças, Ulisses Gabriel e João Miguel Silva, de 8 e 7 anos, que morreram em agosto de 2024 após consumirem cajus envenenados. Ambas eram filhos de Francisca Maria, uma das vítimas do arroz contaminado.
Inicialmente, outra vizinha da família havia sido presa por suspeita de envolvimento nas mortes das crianças, mas foi liberada após as novas evidências implicarem Francisco de Assis em ambos os episódios.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil, que busca esclarecer as motivações e responsabilidades pelos envenenamentos.