Cessar-fogo na Guerra da Ucrânia: China apresenta plano de paz após um ano de conflito

A iniciativa chinesa é vista como um passo importante para a busca de uma solução pacífica para a Guerra da Ucrânia

Por Plox

24/02/2023 02h12 - Atualizado há mais de 1 ano

No dia em que a Guerra da Ucrânia completa um ano, a China apresentou na manhã desta sexta-feira (24) propostas para encerrar o conflito. Em documento divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, Pequim defende um cessar-fogo imediato e pede negociações para a paz. A manifestação foi feita dias depois do presidente russo, Vladimir Putin, anunciar em discurso na Assembleia Federal, o Congresso russo, a suspensão de Moscou no Novo Start, acordo para controle de armas nucleares. Ao longo do conflito, o gigante asiático vem buscando se posicionar como um país neutro, mas também manifesta apoio diplomático ao Kremlin, ao final um aliado estratégico. Pequim apresenta 12 propostas para que as partes envolvidas na guerra cheguem a uma "solução política". O regime chinês defende o fim de sanções impostas à Rússia e o estabelecimento de corredores para a retirada de civis das áreas de conflito e para a exportação de grãos. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, disse que pretende se reunir com representantes de Pequim para discutir as propostas antes de expressar o posicionamento do país.

 

 Xi Jinping, no Grande Salão do Povo em Pequim, durante um evento  - Foto: Li Xueren - 20.jan.23/Xinhua



Em resposta à iniciativa chinesa, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que recebeu as propostas com otimismo e que pretende se reunir com representantes de Pequim para discutir o assunto. Ele disse que considera muito positivo que a China esteja se envolvendo nas questões relacionadas ao conflito na Ucrânia.

A Rússia ainda não se manifestou sobre as propostas apresentadas pela China, mas a iniciativa foi vista como um passo importante para encontrar uma solução pacífica para a guerra. A comunidade internacional tem pressionado as partes envolvidas a buscarem uma resolução política para o conflito, que já dura mais de um ano e tem deixado um rastro de destruição e morte na região.

A China, que tem se apresentado como um mediador neutro no conflito, tem defendido a necessidade de se estabelecer um cessar-fogo imediato e de retomar o diálogo entre as partes envolvidas. O país também tem pedido o fim das sanções contra a Rússia e a criação de corredores humanitários para a retirada de civis das áreas de conflito e para a exportação de grãos.

O documento divulgado pela China ainda destaca a necessidade de se evitar o uso de armas nucleares e de se buscar uma solução política para a crise. "As guerras nucleares nunca devem ser travadas. A ameaça ou uso de armas nucleares deve ser combatida", diz o comunicado.

A iniciativa chinesa é vista como um passo importante para a busca de uma solução pacífica para a Guerra da Ucrânia, que já deixou milhares de mortos e tem causado grande sofrimento para a população civil da região. Resta agora esperar a resposta das partes envolvidas e torcer para que a iniciativa da China contribua para colocar um fim à guerra e trazer a paz de volta à região.

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