Família de criança que morreu afogada decide doar os órgãos
O pequeno, de 5 anos, estava internado desde o último domingo (19)
Por Plox
24/02/2023 21h33 - Atualizado há quase 2 anos
A família de Pietro da Silva Salvino, de 5 anos, decidiu doar os órgãos da criança, após ele ter sua morte encefálica confirmada nesta sexta-feira (24). Ele estava internado e em coma, desde o último domingo (19).
Segundo as informações repassada à Plox, a família decidiu fazer a doação que ainda vai acontecer neste sábado (25). Devido ao procedimento, ainda não há informações sobre o horário de velório e enterro de Pietro.
A igreja evangélica frequentada pela família do menino, confirmou a informação em uma postagem nas redes sociais. “Informamos aqueles que almejam prestar uma última homenagem ao Pietro, que a família optou pela doação dos órgãos e o procedimento para tal está previsto para amanhã (sábado). Em consequência disso, ainda não foi definido o horário para enterro e sepultamento”, publicou a Igreja Quadrangular Liberdade.
Confirmação da morte
A família de Pietro viveu momentos de apreensão desde a tarde do último domingo (19), quando o menino sofreu um afogamento na piscina do Clube Náutico Alvorada, nos arredores de Ipatinga-MG, enquanto passeava com familiares. Segundo informações apuradas pela PLOX, o menino foi prontamente atendido pelos salva-vidas e encaminhado ao Hospital.
Familiares passaram então a compartilhar entre si e com amigos, a dor e os momentos difíceis, principalmente dos pais, enquanto acompanhavam a luta de Pietro pela vida.
Publicação da escola
Nessa quinta-feira (23), a escola em que o garoto estudava, CMEI Caravelas, chegou a publicar uma postagem lamentando o falecimento do aluno. De acordo com informações repassadas à PLOX, familiares e amigos dos pais do menino, desde então, começaram uma corrente de oração, que foi formada pelos membros, pedindo “que Deus faça o melhor para ele”.
A ocorrência
Na tarde do último domingo (19), a Plox apurou que o menino foi socorrido pelos bombeiros do Clube Náutico Alvorada, enquanto fazia uso da piscina.
Ele foi encaminhado em estado crítico para o hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, onde recebeu atendimento de urgência. Ainda segundo informações repassadas à Plox no dia, rapidamente os bombeiros do Clube Náutico Alvorada realizaram o resgate.
Ainda de acordo com as informações, foram utilizadas técnicas de reanimação para estabilizar o menino antes do transporte para o hospital. Várias pessoas fizeram uma corrente para que os socorristas conseguissem reanimá-lo.
Definição de afogamento
Logo que a PLOX divulgou a informação de que uma criança teria “sido socorrida após um afogamento”, algumas pessoas questionaram o uso da palavra “afogamento”, acreditando que esse vocábulo se refere somente à situação em que a ocorrência leva à morte. Mas, uma pessoa pode ser socorrida após passar por essa situação.
A fisiopatologia do afogamento está diretamente relacionada à falta de oxigênio no organismo devido à entrada de líquido no sistema respiratório. Quando uma pessoa está submersa em água, o reflexo imediato é tentar prender a respiração, o que resulta em uma diminuição da concentração de oxigênio no sangue e no aumento da concentração de dióxido de carbono.
À medida que a submersão prolonga-se, a pessoa começa a ter um reflexo de tentativa de respiração, mesmo com a água no trato respiratório. Isso pode levar à aspiração de líquido para os pulmões, o que causa hipoxemia (baixo nível de oxigênio no sangue) e acidose respiratória (aumento do nível de dióxido de carbono no sangue).
Além disso, a entrada de água nos pulmões pode levar a um acúmulo de líquido nos pulmões (edema pulmonar), que pode agravar ainda mais a falta de oxigênio e dificultar a respiração.
Se a submersão for prolongada, podem ocorrer danos cerebrais devido à falta de oxigênio no cérebro, o que pode levar a sequelas graves ou à morte.
É importante ressaltar que o tempo de submersão, a quantidade de líquido aspirado e a condição de saúde geral da pessoa afetada podem influenciar na fisiopatologia do afogamento e nas suas consequências. Por isso, o socorro imediato e o tratamento adequado são fundamentais para minimizar os danos e salvar vidas.