Continuidade na Secretaria de Fazenda de Minas Gerais com substituição de Gustavo Barbosa

Luiz Claudio Gomes, adjunto de longa data, deve manter abordagem do governo Zema nas negociações de dívida com a União

Por Plox

24/02/2024 07h13 - Atualizado há 6 meses

A Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais, após a saída de Gustavo Barbosa, deve manter sua linha de conduta nas negociações com o governo federal para a renegociação da dívida estadual, estimada em aproximadamente R$ 162 bilhões. Luiz Claudio Gomes, atualmente adjunto na secretaria, é o nome mais cotado para assumir o cargo, o que deve ser oficializado na próxima semana. A escolha de Gomes, que acompanha Barbosa desde sua gestão no Rioprevidência, sugere uma continuidade na postura da secretaria sob o governo de Romeu Zema (Novo)

Foto: Daniel Protzner/ALMG/Arquivo

Fontes internas do governo Zema indicam que, com Gomes na liderança, as mudanças na Secretaria de Fazenda seriam mínimas. "Depois de um tempo, pode até mudar, mas, inicialmente, acho que não muda nada", comentou uma fonte, que preferiu não se identificar. Essa percepção é reforçada pelo fato de Barbosa, mesmo afastado da secretaria, continuar como assessor especial do vice-governador Mateus Simões (Novo), mantendo sua influência nas decisões.

Luiz Claudio tem uma trajetória consolidada na área financeira, tendo sido diretor de Administração e Finanças do Rioprevidência e, mais tarde, subsecretário geral de Fazenda e Planejamento no governo de Luiz Fernando Pezão. Um parlamentar, que optou pelo anonimato, destacou a atuação de Gomes na secretaria, onde já desempenhava muitas das funções de secretário, especialmente durante as ausências frequentes de Barbosa em Brasília para discussões com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Apesar da expectativa de continuidade, parte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais espera que Gomes demonstre maior habilidade política do que seu antecessor, especialmente em audiências públicas. Deputados da base governista expressam confiança no trabalho de Barbosa, enquanto críticos apontam a necessidade de uma abordagem mais técnica e menos contenciosa.

Luiz Claudio não é o primeiro adjunto a ser promovido a secretário em Minas Gerais. 

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