Dois anos de confronto: guerra Ucrânia-Rússia sem fim previsto

Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia, sob a liderança do presidente Vladimir Putin, iniciou uma "operação militar especial" nas regiões de Lugansk e Donetsk, leste da Ucrânia. Dois anos se passaram desde então, e a guerra continua, com recentes conquistas territoriais reivindicadas pela Rússia na mesma região, aumentando a incerteza sobre um possível fim do conflito. Especialistas consideram esta guerra como o maior confronto no continente europeu desde a Segunda Guerra Mundial, agora entrando em seu terceiro ano sem previsão de resolução.

Impacto Econômico e Político As perdas econômicas são substanciais para ambos os lados. A Ucrânia enfrenta prejuízos materiais superiores a US$ 137 bilhões, além de gastos militares projetados para US$ 40 bilhões neste ano. Por outro lado, a Rússia sofre com o impacto de sanções financeiras, resultando em US$ 300 bilhões em reservas congeladas no exterior. Frederico Duboc, mestre em relações internacionais pela PUC Minas, destaca que "a falta de dinheiro se traduz em menos capacidade de combate", afetando ambos os países.

Eleições e o Futuro do Conflito O especialista Duboc também aponta que as eleições na Rússia e nos Estados Unidos podem influenciar o curso da guerra. Putin se prepara para as eleições russas com uma perspectiva de vitória fácil, enquanto as eleições americanas podem determinar o envolvimento dos EUA no conflito.

Cenários e Impactos Futuros Daniela Secches, professora de Relações Internacionais da PUC Minas, observa que o conflito está entrando em uma nova fase. Ela menciona um possível "congelamento" da situação, com a Rússia ganhando vantagem, mas sem um prognóstico claro para um acordo de paz.

Balanço do Conflito As estimativas de baixas variam, com a Rússia e a Ucrânia apresentando números diferentes. A ONU relata 6,5 milhões de refugiados ucranianos e 3,7 milhões de deslocados internamente.

Uso de Drones na Guerra Iurii Ihnat, porta-voz da Força Aérea de Kiev, relatou que a Rússia lançou uma média de 17 ataques aéreos por dia, totalizando 12.630 ataques, sendo a maioria com drones. Observa-se uma eficácia crescente nessas táticas, apesar de 77% dos drones terem sido derrubados.