Lula mantém crítica a conflito em Gaza e o define como 'Genocídio'

Presidente reitera posição sem retratação após comparação polêmica com o Holocausto e critica Conselho de Segurança da ONU

Por Plox

24/02/2024 09h28 - Atualizado há 11 meses

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou sua condenação às ações de Israel em Gaza, classificando-as como "genocídio" em seu primeiro pronunciamento desde o recente embate diplomático com o governo israelense. A declaração ocorreu durante o evento "Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos", no Museu de Arte Moderna do Rio, marcando uma continuidade na postura crítica do presidente, apesar das expectativas de alguns setores políticos por uma possível retratação.

crédito: Reprodução/Redes Sociais

Controvérsia e Defesa da Postura

Contrariando apelos por um pedido de desculpas, Lula enfatizou que foi mal interpretado e instou a não ser julgado precipitadamente. Defendeu a criação de um Estado Palestino livre e criticou duramente as ações israelenses, destacando o impacto devastador sobre civis, especialmente mulheres e crianças. O presidente argumentou que, se a morte de civis em massa não constitui genocídio, então o termo carece de significado.

Contexto da Polêmica

A polêmica teve início com comentários de Lula em uma entrevista na Etiópia, onde comparou o tratamento dos palestinos em Gaza com o Holocausto perpetrado pelos nazistas, provocando a ira do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Este último chegou a declarar Lula "persona non grata" em Israel, elevando o nível do confronto diplomático entre os dois países.

Críticas ao Conselho de Segurança da ONU

Além da questão israelense-palestina, Lula aproveitou a ocasião para criticar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), questionando sua eficácia e democracia. Segundo o presidente, o Conselho atualmente "não representa nada" e falha em sua missão de promover a paz mundial. Para Lula, a paz e a erradicação da fome global só serão possíveis com uma ONU reformada e um Conselho de Segurança mais representativo e menos hipócrita.

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