Minas Gerais registra 11 municípios sem prédios residenciais, revela Censo 2022

O Censo Demográfico de 2022, conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trouxe à luz dados intrigantes sobre a configuração habitacional em Minas Gerais. Entre as revelações, destaca-se que 11 cidades mineiras não contam com prédios residenciais, indicando uma preferência exclusiva pela moradia em casas. Este cenário coloca em evidência as características únicas de urbanização e ocupação territorial no estado.

Predomínio das Casas

A análise detalhada das características dos domicílios apontou que a casa é o tipo de moradia mais comum em Minas Gerais, abrigando 84,3% da população estadual. Esta tendência reflete um padrão nacional, onde 84,8% das residências são casas, uma leve queda em comparação com os dados de 2010, que registravam 88,89% das moradias nessa categoria. Apesar dessa diminuição percentual, o número absoluto de casas cresceu significativamente nos últimos 12 anos, passando de 5.358.704 unidades em 2010 para 6.352.165 em 2022, um acréscimo de quase um milhão de unidades.

Cidades Sem Prédios

As 11 cidades sem prédios residenciais são majoritariamente pequenas, com populações que variam entre 833 e 5.640 habitantes. Entre elas, Serra da Saudade se destaca por ser a menor cidade do Brasil, com todos os seus 833 habitantes residindo em casas. A lista inclui também Senador José Bento, Queluzito, José Gonçalves de Minas, Ipiaçu, Frei Gaspar, Fortaleza de Minas, Conceição da Barra de Minas, Caranaíba, Araçaí e Alagoa, refletindo uma diversidade regional dentro do estado.

Crescimento dos Apartamentos

Contrastando com a predominância das casas, o censo também observou um aumento significativo no número de apartamentos, que agora representam 14,36% das moradias em Minas Gerais. Essa mudança indica um crescimento de quase 50% na quantidade de apartamentos desde 2010, passando de 588.530 unidades para 1.081.539 em 2022.

Diversidade Habitacional

Além de casas e apartamentos, o levantamento do IBGE categorizou outros tipos de domicílio, como casas de vila ou condomínio, habitações em cortiço ou casa de cômodos e estruturas residenciais permanentes degradadas ou inacabadas, uma nova classificação adicionada ao censo de 2022 para captar melhor a população em situação de exclusão habitacional extrema.