Acaba greve do Metrô em São Paulo

Greve começou ontem e chegou a paralisar quatro linhas do metrô

Por Plox

24/03/2023 14h16 - Atualizado há mais de 1 ano

Os metroviários de São Paulo encerraram nesta sexta-feira (24) a greve iniciada ontem (23), após aceitarem a proposta do Metrô que prevê o pagamento de um abono salarial de R$ 2 mil, além da criação de um programa de participação nos resultados em 2023, com pagamento em 2024. Os trabalhadores reivindicavam o recebimento dessa participação retroativa aos anos de 2020, 2021 e 2022. A paralisação chegou a afetar completamente as linhas Azul, Verde, Vermelha e Prata na quinta-feira. Os trabalhadores chegaram a propor que o serviço fosse mantido, mas com liberação das catracas para a população, proposta que foi aceita pela empresa, mas proibida pela Justiça.

Na quinta-feira à noite, a juíza do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), Eliane Aparecida da Silva Pedroso, autorizou que o serviço funcionasse sem cobrança de passagens. Mesmo assim, a medida não foi adotada. O governador do estado, Tarcísio de Freitas, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, decretaram ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital paulista e região metropolitana nesta sexta-feira. O Metrô retomou a operação parcial das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha no final do dia.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

Durante a assembleia que encerrou a greve, a presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, afirmou que a proposta do governo era ruim, mas que a mobilização perderia força se continuasse pelo fim de semana. O Ministério Público do Trabalho (MPT) fez uma proposta intermediária, que sugeria o pagamento do valor de R$ 2,5 mil de abono por trabalhador, por ano, de 2020 a 2022, o cancelamento de punições, a garantia de não retaliação aos grevistas e a ausência de descontos dos dias parados. O Metrô e o governo de São Paulo, entretanto, mantiveram na mesa apenas o pagamento de um único abono salarial de R$ 2 mil.

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