Dilma é confirmada como nova presidente do banco do Brics; salário de R$ 290 mil

Banco financia projetos no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Sede da instituição fica em Xangai, na China

Por Plox

24/03/2023 16h22 - Atualizado há mais de 1 ano

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi oficializada como a nova presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como "banco do Brics", nesta sexta-feira (24). Dilma foi indicada pelo governo Lula ao cargo, e seu mandato vai até julho de 2025. O banco do Brics é responsável pelo financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável dos países que fazem parte da instituição. Petista deve receber salário de R$ 290 mil.

 

A sede do banco do Brics fica em Xangai, na China, e Dilma deve viajar para o país junto de Lula nos próximos dias. A indicação de Dilma para o cargo foi aprovada por um comitê da instituição após a ex-presidente passar por uma sabatina com ministros da Economia dos outros países membros do bloco – África do Sul, China, Índia e Rússia.

O antecessor de Dilma no cargo era o diplomata brasileiro Marcos Troyjo, que foi indicado à presidência do banco do Brics em 2020 por Jair Bolsonaro. Em nota, o banco do Brics afirmou que, quando era presidente do Brasil, Dilma priorizou o combate à pobreza e deu ênfase à ampliação dos programas sociais criados nos mandatos de Lula entre 2003 e 2010. Como resultado, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU.

Foto: divulgação

 

Além disso, a instituição acrescentou que, internacionalmente, Dilma defendeu o respeito à soberania de todos os países e a defesa do chamado multilateralismo; do desenvolvimento sustentável; dos direitos humanos; e da paz. Conforme a avaliação do banco, Dilma expandiu "significativamente" a cooperação entre o Brasil e diversos países da América Latina, da África, do Oriente Médio e da Ásia.

Foto: divulgação

 

Perfil

Nascida em Belo Horizonte (MG), Dilma Rousseff está com 75 anos e é formada em economia. Durante a ditadura militar, integrou organizações de esquerda clandestinas, foi presa e torturada. No Rio Grande do Sul, ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e filiou-se ao PT em 2001. Nos governos Lula, foi ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil. Nesta função, assumiu a gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), um dos carros-chefe do governo. Foi apelidada por Lula de "mãe do PAC". Em 2010, foi eleita presidente e, em 2014, foi reeleita. Em 2016, foi alvo de processo de impeachment e teve o mandato cassado. Em 2018, disputou uma vaga no Senado por Minas Gerais, mas não se elegeu.
 

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