Caso Yuri: prefeito explica que processo jurídico foi encerrado pela Justiça

Gustavo Nunes alega que não houve o pedido judicial para a Prefeitura fornecer o medicamento

Por Plox

24/03/2023 10h00 - Atualizado há mais de 1 ano

Na manhã desta sexta-feira (24), Gustavo Nunes, prefeito de Ipatinga, reuniu a imprensa para dar detalhes do caso Yuri, que necessita de um medicamento para o tratamento. O menino sofre de Hemimegalencefalia. 

Assista:

 

Segundo Gustavo Nunes, “a pedido do Ministério Público, o juiz encerrou a ação judicial porque a parte legal, que representa o garoto Yuri, não respondeu à Justiça, aquilo que a Justiça estava solicitando. Não houve determinação judicial para a Prefeitura, para fornecimento desse medicamento. Caso tenha uma determinação judicial, esse medicamento será adquirido e fornecido para o Yuri”.

Foto: Marcelo Augusto/ Plox

Nunes ainda disse que o município não irá negar o medicamento a criança, se houve ruma decisão judicial. “Nós não vamos negar medicamento para ninguém do nosso município, principalmente para uma criança, que estuda aqui no município de Ipatinga, tem todo um histórico de atendimento nas unidades de saúde, só que os casos devem ser tratados de acordo com o que a legislação determina", afirmou o prefeito.

Ainda segundo o Prefeito, a Prefeitura está “à disposição da mãe do Yuri, do Yuri, da família do Yuri como um todo, para que, possamos acolher, de fato. E, ao invés de ter que ficar perdendo tempo com discussões, que são causadas por inverdades, nós estamos a disposição para auxiliar a família da melhor maneira possível”. 

Ainda na coletiva, Gustavo Nunes disse que respondeu em suas redes sociais uma pessoa, de forma equivocada, e pediu perdão.

 

Pessoas teriam atacado a filha do prefeito

O prefeito também disse ter ficado chateado, devido a algumas pessoas terem atacado a filha dele nas redes sociais. “Fiquei chateado não porque as pessoas elas começaram a me agredir nas minhas redes sociais, particularmente eu tenho estrutura para receber agressões verbais. Sejam elas por algo que tratam de fato a realidade, sejam sustas ou até mesmo injustas. Mas começaram a agredir minha família. Começaram a agredir minha filha de quatro anos de idade. Não justifica isso, não”.

Foto: Marcelo Augusto/ Plox

 

Próximos passos

No momento em que foi perguntado pelos jornalistas sobre o que será feito, Gustavo Nunes disse que “o próximo passo é procurar a família e esclarecer que a ação não foi encerrada pelo município, e sim pelo poder judiciário, a pedido do Ministério Público”.

Além disso, Nunes afirmou que a Prefeitura poderá orientar a família. “Nós podemos construir e  orientar a família para entrar com uma nova ação e para que essa ação seja realizada dentro daquilo que a legislação deter mina, para quê, com a decisão judicial, nós possamos de fato fornecer o medicamento”.

 

Conversa com o pai

Em uma conversa divulgada pelo médico entre o prefeito Gustavo e o pai da criança, o pai pede ajuda ao chefe do Executivo, que afirma ser proibido o uso do medicamento a base da cannabis no Brasil. O prefeito afirmou que tal medicamento é proibido e alegou que a prescrição médica estaria equivocada.

Foto: reprodução Instagram

 

O médico, nas redes sociais, rebateu Gustavo. “Puxa vida Gustavo Nunes, aí você está duvidando da minha competência médica!!! Só irei lembrar que são 6 anos de medicina + 02 de pediatria + 02 de neuropediatria + 02 anos de mestrado… será que eu passarei remédio proibido??”, publicou Marcone.

O que é  Hemimegalencefalia?

A Hemimegalencefalia é uma rara condição neurológica congênita na qual um lado do cérebro é anormalmente maior e malformado em comparação com o outro. Essa desordem cerebral costuma ser diagnosticada no nascimento ou durante a infância e está associada a uma série de complicações, incluindo convulsões, atrasos no desenvolvimento, déficits intelectuais e problemas motores.

A causa exata da Hemimegalencefalia ainda é desconhecida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais possam estar envolvidos em sua ocorrência. O tratamento para essa condição pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e pode incluir medicamentos anticonvulsivantes, terapias de reabilitação e, em alguns casos, cirurgia para remover ou desconectar a parte afetada do cérebro.


 

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