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Ex-chefe da Polícia do Rio consolou pais de Marielle mas prometeu aos assassinos que “abafaria” o caso
As prisões de figuras tão influentes no cenário político e na estrutura policial do Rio de Janeiro enfatizam a complexidade e a profundidade das investigações.
24/03/2024 às 14:29por Redação Plox
24/03/2024 às 14:29
— por Redação Plox
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No dia anterior ao trágico assassinato da vereadora Marielle Franco, Rivaldo Barbosa assumiu o cargo de chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Rivaldo Barbosa com a família de Marielle Franco - Foto: Agência Brasil
Recentemente, uma investigação revelou que Barbosa, agora preso, teria feito um acordo prévio com Domingos Brazão, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e apontado como mandante do crime, comprometendo-se a não levar adiante as investigações sobre o caso.
Fotos: redes sociais
As prisões ocorridas neste domingo não se limitaram a Rivaldo Barbosa. Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, também foram detidos pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sob a acusação de serem os mandantes do assassinato de Marielle. Estas detenções foram resultado de uma operação conjunta e contaram com o aval da Procuradoria Geral da República (PGR).
A Polícia Federal também realizou buscas nas instalações do Tribunal de Contas do Estado e na sede da Chefia de Polícia Civil do Rio de Janeiro, além da residência de Giniton Lages, que era o chefe da Delegacia de Homicídios do Rio na época dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.
As prisões de figuras tão influentes no cenário político e na estrutura policial do Rio de Janeiro enfatizam a complexidade e a profundidade das investigações.
Motivação
Motivação As autoridades continuam em busca de respostas sobre o assassinato de Marielle Franco, focando na hipótese de que o crime esteja relacionado à expansão da atuação de milícias no Rio de Janeiro. A investigação aponta que Rivaldo, um dos suspeitos, teria se comprometido a obstruir as investigações. Uma operação foi realizada nas primeiras horas de um domingo, visando aproveitar o elemento surpresa contra os suspeitos, que já estavam em estado de alerta. Esta decisão veio após o Supremo Tribunal Federal validar a delação de Ronnie Lessa, ex-policial militar, que revelou detalhes sobre os mandantes do crime e suas motivações. Lessa, detido desde 2019, é acusado de participar diretamente do assassinato de Marielle. Conforme a delação de Lessa, os mandantes são parte de um influente grupo político do Rio, com interesses em várias áreas do governo. Ele forneceu informações sobre encontros com esses indivíduos e indícios que esclarecem as razões por trás do crime.