Câmera escondida revela abuso sexual de dentista contra paciente no Rio Grande do Sul
Vítima denuncia dentista após filmá-lo cometendo crime
Por Plox
24/04/2023 17h12 - Atualizado há cerca de 2 anos
No último domingo (23), o programa Fantástico exibiu imagens que revelam o abuso sexual cometido por um dentista contra uma paciente na cidade de Viamão, no Rio Grande do Sul. A vítima utilizou uma câmera oculta para registrar o crime. O profissional foi detido na quinta-feira (20), acompanhado de sua esposa em um avião, retornando de São Paulo.

A paciente denunciou que Jeferson Scaranto, 54 anos, observou por debaixo de sua saia diversas vezes e a fez tocar seu órgão genital. Após o ocorrido, ela se dirigiu à Delegacia da Mulher para relatar o abuso.
O registro foi feito na segunda visita da paciente ao consultório. Na primeira, ocorrida em outubro de 2022, ela afirma ter sido abusada e que o dentista teve uma ereção. A vítima precisou retornar meses depois, pois necessitava extrair um dente e não podia arcar com outro profissional.
O segundo atendimento se deu em março deste ano. Para obter provas, a vítima posicionou seu celular na bolsa de modo a gravar o delito. "No instante em que ele aplica a anestesia no dente, já começa a ter uma ereção; sempre que eu me levanto para cuspir, ele tenta olhar por baixo da minha saia. Ele puxa, com seu cotovelo, meu braço em direção ao seu órgão genital", relatou a paciente em entrevista ao Fantástico. Inicialmente, a Justiça do Rio Grande do Sul havia determinado que Jeferson Scaranto poderia responder o processo em liberdade, mas sua prisão ocorreu após outra mulher denunciá-lo.
Conforme o relato da segunda vítima, ela foi ao dentista três vezes. Na última consulta, ele chegou a ejacular durante o atendimento. A paciente continuou o tratamento com Jeferson, pois tinha um canal aberto e nenhum outro dentista concordava em finalizar o procedimento iniciado por outro profissional.
Jeferson Scaranto responde pelo crime de "violação sexual mediante fraude" e pode ser condenado a até seis anos de prisão. A defesa do acusado argumenta que o vídeo "não demonstra comportamento ou conduta distinta dos protocolos de qualquer procedimento odontológico" e afirma não haver outras provas relacionadas ao depoimento das demais vítimas.