Durante uma reunião preparatória para a 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), realizada virtualmente com a presença de diversos líderes mundiais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta contundente sobre o avanço acelerado das mudanças climáticas. Lula afirmou que o aquecimento global está se intensificando mais rapidamente do que o previsto, e que negar a crise não a fará desaparecer.
Foto: Presidência Segundo o presidente, é essencial manter o multilateralismo e a cooperação internacional como base das ações climáticas, destacando o papel do Acordo de Paris em evitar cenários ainda mais catastróficos. A reunião, conduzida em conjunto com o secretário-geral da ONU, António Guterres, contou com a participação de nomes como Xi Jinping, Emmanuel Macron, Recep Tayyip Erdogan e Ursula von der Leyen.
“O planeta já está farto de promessas não cumpridas”, afirmou Lula ao reforçar que o Brasil está totalmente comprometido com a redução das emissões e a implementação de compromissos climáticos.
Guterres, por sua vez, enfatizou que não há tempo a perder, alertando que nenhuma região está imune à destruição causada pelas catástrofes climáticas, que aprofundam a pobreza, forçam o deslocamento de populações e geram conflitos. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, classificou a reunião como promissora e pediu propostas mais ambiciosas dos países. Ela também destacou a proposta de criação de um fundo de recompensas para quem protege florestas.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, destacou o desejo do Brasil de dar protagonismo à agricultura na conferência. Durante o evento “Rumo à COP30: O Agronegócio e as Mudanças Climáticas”, realizado em São Paulo, Corrêa do Lago defendeu que o setor agrícola deve ser visto não apenas como vítima, mas também como parte ativa das soluções climáticas, especialmente com iniciativas como a captura de carbono.
Dan Ioschpe, indicado pelo governo como campeão climático da COP30, reforçou a importância estratégica do agronegócio para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Ele defendeu que práticas sustentáveis devem ser centrais na agenda climática e no futuro socioeconômico do país.
