Lula anuncia intenção de disputar reeleição em 2026 durante jantar com líderes da Câmara

Presidente também se posiciona contra anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e tenta fortalecer articulação política com parlamentares

Por Plox

24/04/2025 12h05 - Atualizado há 3 dias

Durante um jantar realizado na noite de quarta-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com líderes partidários da base aliada na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).



Imagem Foto: Reprodução/ X



O encontro contou com a presença de 18 parlamentares de 14 partidos diferentes, além da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Lula aproveitou a ocasião para declarar sua intenção de concorrer à reeleição em 2026, desde que esteja em boas condições de saúde. O presidente também reforçou seu compromisso com o diálogo direto com Hugo Motta, visando a aprovação de pautas prioritárias, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda e a PEC da Segurança Pública.



Em meio a isso, Lula se posicionou firmemente contra qualquer tipo de anistia aos presos e investigados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A declaração ocorre no momento em que um requerimento de urgência para votação da anistia ganha força no Congresso, inclusive com apoio de partidos aliados, como União Brasil e PSD. Apesar da resistência do governo, a pressão sobre Motta para incluir o tema na pauta da reunião de líderes desta quinta-feira (24) é crescente.



Entre os presentes no jantar estava o deputado Pedro Lucas (MA), líder do União Brasil, que recentemente recusou o convite de Lula para assumir o Ministério das Comunicações. A recusa causou desconforto no Planalto e acendeu debates sobre o espaço do partido na Esplanada dos Ministérios.


A ida de Lula à residência oficial da Câmara foi interpretada como um gesto de boa vontade e disposição para o diálogo. Tradicionalmente, reuniões dessa natureza ocorrem no Palácio do Planalto ou no Alvorada. O gesto reforça a estratégia do presidente de intensificar o corpo a corpo com o Congresso em um momento de queda na popularidade do governo, sendo a aprovação de medidas como a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil considerada essencial.


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