Pesquisa Gerp aponta empate técnico entre Flávio Bolsonaro e Lula na corrida de 2026
Levantamento nacional com 2 mil entrevistados indica Flávio Bolsonaro com 42% e Lula com 41% em simulação de segundo turno, dentro da margem de erro
O esperado alívio no preço dos ovos, com o fim da Quaresma, não deverá se concretizar nas próximas semanas. Apesar de uma leve retração nas cotações nas últimas duas semanas, o custo da proteína continua elevado para o consumidor final em todo o país.
Foto: Pixabay De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, houve redução no valor de cotação dos ovos nas principais regiões pesquisadas. Mesmo assim, os preços nas gôndolas continuam altos: entre R$ 20 e R$ 30 pelo pente com 20 a 30 unidades, podendo variar conforme a região e o estabelecimento.
A pesquisadora Cláudia Scarpelin, responsável pela área de ovos no Cepea, explica que, apesar do recuo nas cotações ser um sinal positivo, os preços ainda estão em patamares elevados devido à valorização ocorrida entre janeiro e fevereiro. Ela ressalta que ainda é cedo para estimar quando — e em que intensidade — essa queda chegará aos consumidores.
“A perda de ritmo nas vendas mostra um reflexo da valorização prolongada. A população está com menor poder de compra e isso influencia diretamente no consumo”, comentou Scarpelin.
Por outro lado, a Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig) compartilha de um cenário pouco animador. Segundo o diretor técnico Gustavo Ribeiro, os altos custos de produção devem impedir uma redução significativa nos preços ao consumidor. Entre os principais fatores, ele destaca o encarecimento dos grãos usados na ração das aves, devido a quebras de safra recentes, além do aumento nos preços dos combustíveis e das embalagens.
“Cerca de 70% do custo de produção dos ovos está vinculado à alimentação das aves”, afirma Ribeiro. Para ele, mesmo que haja expectativa de queda, os custos permanecem altos o suficiente para manter o produto valorizado.
As exportações, por sua vez, registraram crescimento exponencial. Apenas em março, as vendas para os Estados Unidos somaram quase 4 mil toneladas, influenciadas pelo surto de gripe aviária no país norte-americano. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a previsão é de um aumento de 62% no volume exportado em 2025, o que equivale a cerca de 30 mil toneladas.
No entanto, Ribeiro ressalta que esse aumento nas exportações não representa ameaça de desabastecimento no mercado interno, já que representa apenas 1% da produção nacional de ovos.
A reportagem procurou a ABPA para uma atualização do cenário do setor no pós-Quaresma e ainda aguarda retorno. Enquanto isso, o consumidor segue convivendo com preços elevados, sem garantias de um alívio significativo no curto prazo.