Onça-pintada que matou caseiro é capturada em MS e levada para avaliação

Animal estava debilitado e será encaminhado a centro de reabilitação em Campo Grande após ataque fatal no Pantanal

Por Plox

24/04/2025 09h07 - Atualizado há cerca de 23 horas

A onça-pintada que supostamente atacou e matou um caseiro de 60 anos em Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense, foi finalmente capturada nesta quinta-feira (24), por equipes da Polícia Militar Ambiental. O felino será levado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, onde passará por avaliações detalhadas.


Imagem Foto: Reprodução PMA


De acordo com informações divulgadas, o animal é um macho que pesa cerca de 94 quilos. A captura envolveu sete pessoas — entre elas, um pesquisador, dois guias e quatro policiais ambientais — que monitoraram a movimentação da onça até conseguirem interceptá-la. Após ser dominada, foram instalados dispositivos de monitoramento, incluindo acesso venoso e medidores de temperatura e frequência cardíaca.


“Esse era o macho que estava rondando aqui. Agora podemos levá-lo para o CRAS para avaliar esse animal e tentar entender o que aconteceu. Dá pra ver que o animal está bem magro”, comentou um dos integrantes da equipe responsável pela ação.



O caso gerou grande comoção na região. Na terça-feira (22), os restos mortais de Jorge Ávalo, o caseiro, foram encontrados dentro de uma toca usada pela onça, a cerca de 300 metros do rancho onde ele trabalhava. Durante a operação de resgate do corpo, o animal tentou atacar os policiais que estavam no local. A perícia confirmou que a causa da morte foi mesmo o ataque do felino.


As autoridades investigam o que pode ter motivado a agressão. Entre as hipóteses levantadas estão a escassez de alimentos na região, um possível comportamento defensivo do animal ou até mesmo o período reprodutivo, fase em que os machos tendem a se tornar mais agressivos.


Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), não havia registros recentes de ataques semelhantes na área, o que torna o caso ainda mais preocupante e raro.


A onça será acompanhada por veterinários e biólogos no CRAS para análises clínicas e comportamentais. Dependendo dos resultados, o felino poderá ser encaminhado para reabilitação ou monitoramento contínuo em área de proteção ambiental.


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