Padeiro nega culpa por torta contaminada e promete processar patrão em BH

Trabalhador alega inocência, diz ter comido o alimento com a família e teme represálias após ser acusado por dono da padaria

Por Plox

24/04/2025 09h01 - Atualizado há 1 dia

O padeiro responsável pela produção da torta de frango que teria deixado três pessoas internadas em estado grave em Belo Horizonte decidiu tomar medidas legais contra o dono da padaria onde trabalhava. Segundo ele, além de estar sendo injustamente acusado, teme pela segurança da sua família após a repercussão do caso.


Imagem Foto: Pixabay


O salgado, que foi comprado na noite de segunda-feira (21), teria sido consumido por uma idosa de 78 anos, sua sobrinha de 23, e o namorado da jovem, de 24. No dia seguinte, todos passaram mal e precisaram ser entubados. O padeiro, que trabalhava há apenas uma semana na padaria Natália, localizada no bairro Serrano, na região da Pampulha, nega ter provocado qualquer tipo de contaminação.


Em depoimento, o trabalhador afirmou que também consumiu a torta com sua esposa, filha de cinco anos, sogra e outros familiares. Nenhum deles apresentou qualquer sintoma. Ele levou voluntariamente um pedaço do salgado à delegacia, pedindo que o material fosse periciado. $&&$“Quero que a verdade venha à tona. Se na torta da mulher teve alguma coisa, é bactéria que pegou dentro da padaria”$, declarou.

Segundo o padeiro, os ingredientes utilizados foram comuns: farinha de trigo, manteiga, sal, ovo e leite na massa; cebola, água, um pouco de farinha e frango desfiado cozido no dia para o recheio. “Eu comi, minha filha de 5 anos comeu, minha mulher comeu, minha sogra comeu. Ninguém passou mal”, garantiu.



Ele acusa o dono da padaria de tentar transferir a responsabilidade, alegando que não trabalhou nos dias críticos — segunda e terça — e por isso teria se tornado alvo das suspeitas. $&&$“Ele devia ter tentado entrar em contato comigo primeiro, para entender o que aconteceu, e não sair acusando”$, desabafou. O padeiro afirma ainda que o estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária, o que, segundo ele, indica que havia irregularidades no local.

Além da acusação de contaminação, o caso agora se desdobra em uma disputa judicial. O padeiro informou que, assim que as investigações forem concluídas, ele moverá uma ação contra o patrão por calúnia e danos morais.


A Polícia Civil de Minas Gerais segue investigando o caso, enquanto a padaria permanece fechada. A análise laboratorial dos alimentos recolhidos no local deverá indicar se houve envenenamento, contaminação por bactérias ou qualquer outro fator que tenha causado a grave reação nos consumidores.


A comunidade segue atenta e, nas redes sociais, muitos demonstram preocupação com os desdobramentos do caso. A Vigilância Sanitária e os órgãos competentes estão envolvidos na apuração.


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