Ataque aéreo em Gaza destrói família de médicos e mata nove crianças

Nove crianças, filhos de um casal de médicos palestinos, morreram em um bombardeio israelense ocorrido na sexta-feira (23), na cidade de Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza. A tragédia foi confirmada neste sábado (24) pela Defesa Civil local.

Foto: Reprodução de vídeo

De acordo com Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil da Faixa de Gaza, os corpos das vítimas, alguns deles carbonizados, foram levados ao hospital após o ataque atingir a residência da família de Hamdi Al Najjar e Alaa Al Najjar, ambos médicos. Segundo ele, a casa do casal foi diretamente atingida no bairro Gizan Al Najjar, em uma região devastada e sitiada.

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No momento do ataque, ocorrido por volta do meio-dia, o casal e um de seus filhos, Adam, foram gravemente feridos. Apenas um dos dez filhos do casal sobreviveu ao bombardeio, conforme informou o hospital Al Nasser de Khan Yunis. O garoto, de apenas 10 anos, permanece internado.

O Exército de Israel comentou o caso e declarou que um avião havia bombardeado suspeitos que operavam a partir de uma estrutura nas proximidades de suas tropas em Khan Yunis. As autoridades israelenses informaram que estão avaliando os relatos de que civis não envolvidos teriam sido atingidos.

Foto: Reprodução de vídeo

Ainda segundo os militares israelenses, a região de Khan Yunis é considerada uma zona de guerra e, antes da operação no local, civis haviam sido orientados a deixar a área como medida de segurança.

As imagens divulgadas pela Defesa Civil da Faixa de Gaza mostram os socorristas retirando corpos carbonizados dos escombros da casa atingida. A destruição causada pelo ataque é visível nas fotografias registradas no local.

A tragédia ocorre em meio à continuidade do conflito iniciado em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel. Na ocasião, 1.218 pessoas morreram, a maioria civis, segundo dados da AFP baseados em fontes oficiais. Ainda há 57 sequestrados em Gaza, dos quais pelo menos 34 já morreram, conforme autoridades israelenses.

De acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas, mais de 53.900 palestinos já morreram desde o início da ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza. A ONU considera os números divulgados por essa fonte confiáveis.

Na última segunda-feira, o fornecimento de ajuda humanitária para a região foi retomado de forma limitada, após ficar bloqueado desde 2 de março por decisão do governo israelense.