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A busca pela nacionalidade espanhola ganhou um novo impulso com a adoção da Lei da Memória Democrática, que reconhece o direito de descendentes diretos de cidadãos espanhóis — especialmente filhos e netos — a solicitarem a cidadania de forma facilitada. A medida visa reparar o exílio forçado de muitas famílias durante períodos históricos turbulentos como a Guerra Civil e o regime franquista.
Foto: Pixabay A nova legislação, em vigor desde 2022, levou a um aumento expressivo nos pedidos de nacionalidade nos consulados da Espanha em diversos países da América Latina. O Ministério da Justiça espanhol definiu a ação como um "ato de justiça histórica". Um dos fatores que mais tem chamado a atenção é a divulgação de listas de sobrenomes que frequentemente indicam possíveis vínculos com emigrantes espanhóis.
Esses sobrenomes, ainda que não garantam automaticamente o direito à cidadania, são considerados fortes indícios de ascendência espanhola e podem facilitar o processo de comprovação de parentesco, desde que acompanhados de documentos oficiais, como certidões de nascimento e passaportes antigos.
Entre os sobrenomes mais comuns citados por consulados e associações de descendentes estão: García, Fernández, Rodríguez, Pérez, López, Sánchez, Martín, Gómez, Jiménez e Díaz. Além desses, nomes com forte presença regional também se destacam, como Ibarra, Echeverría e Aramburu — de origem basca; Cabrera, Domínguez e Romero — tradicionais da Andaluzia; e Alonso, Suárez e Prieto — bastante encontrados no norte da Espanha.
Segundo a Federação de Associações de Emigrantes Retornados da Espanha (FAER), o cruzamento entre esses nomes e registros migratórios históricos tem ajudado a estabelecer vínculos com mais agilidade. “Nos consulados, é comum encontrarmos sobrenomes idênticos aos de ex-migrantes, o que facilita uma linha de investigação clara”, destacou a entidade.
Para dar início ao processo, o interessado deve procurar o consulado espanhol no país onde reside, levando documentação que comprove o laço com o cidadão espanhol. Caso os ascendentes já tenham morrido, é possível recorrer a arquivos históricos e registros civis para obter a comprovação necessária.
A advogada Marta Llorente, especialista em cidadania espanhola, explica: “O essencial é comprovar a linhagem, e não apenas ter o sobrenome. No entanto, nomes historicamente espanhóis podem influenciar positivamente a análise inicial do caso.”
Além disso, fontes consulares indicam que há um grande interesse em países com histórico migratório espanhol significativo, como Argentina, México, Colômbia, Cuba e Uruguai. Para facilitar a pesquisa, o interessado pode utilizar ferramentas como o Instituto Nacional de Estatística (INE) da Espanha ou o Portal de Arquivos Espanhóis (PARES), que fornecem acesso a registros históricos detalhados.
Vale lembrar que a Lei da Memória Democrática possui um prazo inicial de dois anos, com possibilidade de prorrogação, o que torna recomendável iniciar o trâmite o quanto antes.