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A febre oropouche tem se espalhado pelo Brasil com intensidade em 2025, levando as autoridades de saúde a emitirem alertas sobre os riscos da doença. Até o momento, o país contabiliza 10.072 casos confirmados da infecção, além de quatro mortes registradas oficialmente: três no estado do Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo. Essas ocorrências chamam atenção, pois as primeiras mortes no mundo por essa arbovirose ocorreram no Brasil, em julho do ano passado.
O surto atual representa um crescimento significativo de 56,4% em relação ao mesmo período de 2024, quando o número de casos era de 6.440. Em todo o ano passado, 13.853 infecções foram confirmadas. Já em 2023, o total havia sido de 833 casos. O Espírito Santo lidera o ranking de infecções neste ano, com 6.118 registros. Em seguida vêm o Rio de Janeiro, com cerca de 1.900 casos, a Paraíba, com 640, e o Ceará, com 573.
Segundo o Centro de Operações de Emergências (COE), 70,5% dos pacientes afetados pela doença têm entre 20 e 59 anos. Até mesmo bebês com menos de um ano foram diagnosticados: foram 12 casos — seis no Rio, quatro no Espírito Santo, um na Paraíba e um no Ceará. A disseminação do vírus foi favorecida por uma combinação de fatores, incluindo ampliação da testagem em todo o país, mutações virais, desmatamento, mudanças climáticas e deslocamentos populacionais.
Pedro Vasconcelos, pesquisador do Instituto Evandro Chagas (IEC), acrescenta que fatores ambientais e sociais impulsionam a expansão da doença. Ele lembra que a febre oropouche é transmitida principalmente pelo mosquito maruim (Culicoides paraensis), que se prolifera em regiões de vegetação recente ou áreas urbanizadas recentemente. Diferente do Aedes aegypti, esse inseto tem maior presença em agrovilas e periferias, o que torna imprevisível sua capacidade de disseminação em centros urbanos.
Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue: febre, dores no corpo e náuseas. No entanto, a oropouche pode evoluir de maneira distinta, atingindo o sistema nervoso central e provocando meningite asséptica ou meningoencefalite em casos mais graves, especialmente entre imunocomprometidos. Não há tratamento específico para o vírus, sendo recomendado repouso, hidratação e uso de medicamentos sintomáticos.
A possível ligação entre a oropouche e a microcefalia também está sendo investigada. Em 2024, pesquisadores identificaram o vírus em fetos com malformações neurológicas. Um alerta foi emitido para gestantes, ainda que não haja confirmação definitiva sobre a relação causal. Anticorpos contra o vírus foram detectados em quatro bebês com microcefalia, e material genético do OROV foi encontrado em um feto natimorto de 30 semanas.
A prevenção segue sendo o principal recurso contra a doença. O Ministério da Saúde orienta evitar áreas com presença de mosquitos, utilizar roupas que cubram a pele, aplicar repelentes e eliminar possíveis criadouros, como água acumulada em recipientes e folhas no quintal. A recomendação é intensificada para regiões com registros confirmados, onde as autoridades locais devem coordenar ações de controle e orientação à população.
Com a alta expressiva de casos, especialistas ressaltam a importância da vigilância contínua e do investimento em infraestrutura para diagnóstico e contenção da doença. Ainda que a taxa de letalidade permaneça baixa, os recentes óbitos ligam o sinal de alerta nas redes de saúde pública do país.
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