Fux será relator de ação de Nikolas contra presidente da Câmara por CPI do INSS

Ministro do STF vai analisar mandado de segurança que cobra instalação imediata de comissão para investigar fraudes bilionárias no INSS

Por Plox

24/05/2025 09h39 - Atualizado há 3 dias

O ministro Luiz Fux, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado nesta sexta-feira (22) para relatar um mandado de segurança apresentado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar busca, por meio da ação, obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a dar início à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) voltada à investigação de fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


Imagem Foto: STF


Nikolas, que usou suas redes sociais para comentar a ação, afirmou que trata-se de uma oportunidade para que a justiça seja feita e os responsáveis sejam responsabilizados. “Investigar, colocar na cadeia os responsáveis e ressarcir os milhões de idosos roubados”, publicou o deputado em seu perfil na rede X, destacando a confiança no equilíbrio e na constitucionalidade das decisões do ministro Fux.



O pedido para criação da CPI foi inicialmente protocolado no final de abril, sendo encabeçado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO). Apesar disso, Hugo Motta, atual presidente da Câmara, declarou que a instalação do colegiado precisa aguardar, já que há pelo menos outros 12 pedidos de CPI na fila, que seriam analisados de acordo com a “maturidade do tema”.



A estratégia adotada por Nikolas remete ao episódio da CPI da Covid, instaurada no Senado em 2021, após decisão do STF. Naquele momento, o ministro Luís Roberto Barroso determinou que o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desse início à comissão. Agora, cabe a Luiz Fux decidir se o mesmo caminho será seguido no caso das fraudes no INSS.



A ação tem potencial para reacender debates entre governo e oposição na Câmara, além de aumentar a pressão sobre Hugo Motta, que enfrenta críticas por supostamente travar a instalação da CPI, apesar do apelo popular e da gravidade das denúncias relacionadas ao INSS.


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