Lei garante Terapia do Riso em hospitais da rede pública do Rio

Atuação de palhaços será parte da rotina hospitalar na capital fluminense, com respaldo legal e parceria com ONGs

Por Plox

24/05/2025 21h29 - Atualizado há 2 dias

Uma nova lei sancionada pela Prefeitura do Rio de Janeiro promete transformar o ambiente hospitalar da rede pública municipal. A partir de agora, a Terapia do Riso passa a fazer parte oficialmente da rotina de atendimento, levando humor e leveza aos corredores dos hospitais.


Imagem Foto:Divulgação / Trupe Miolo Mole


A legislação prevê que a aplicação da prática se dará por meio de parcerias com organizações não governamentais, grupos especializados e associações culturais. O texto estabelece ainda que o poder executivo será responsável por garantir a continuidade e a qualidade das atividades, promovendo um ambiente mais humano e acolhedor para pacientes, familiares e profissionais da saúde.


Pablo Tavares, fundador da ONG Trupe Miolo Mole, que atua há 12 anos com palhaçaria hospitalar, celebrou a novidade. Segundo ele, a sanção da lei representa o reconhecimento de um trabalho de longa data. “A lei só existe porque a gente sonhou há muito tempo. É a validação do que fazemos dentro dos hospitais”, afirmou.



A atuação dos palhaços nos hospitais vai muito além do entretenimento. De acordo com a enfermeira Ana Paula Miranda, a presença desses artistas modifica profundamente a atmosfera dos centros de saúde. “Ajuda na humanização do ambiente e impacta emocionalmente de forma positiva. Para além da alegria, vemos uma resposta terapêutica melhor dos nossos pacientes”, destacou.


A inspiração para muitos que atuam nessa área vem de figuras como o ator Paulo Gustavo, que, em seus últimos trabalhos, exaltava o poder do humor. “O humor salva, transforma, alivia, cura. Traz esperança pra vida da gente”, dizia ele.



A importância do riso também é reconhecida em esferas globais. O Papa Francisco, por exemplo, revelou em entrevista que há mais de quatro décadas reza diariamente a oração de São Tomás More pedindo senso de humor. “É um atestado de saúde”, declarou o pontífice argentino.


Apesar da aparência descontraída, ser palhaço de hospital exige preparo, sensibilidade e responsabilidade. “Não é só colocar um nariz vermelho e se pintar. Estamos falando de garantir acesso à arte e à cultura para quem está em situações extremamente vulneráveis”, reforça Pablo Tavares.



Com a sanção da nova lei, a cidade do Rio de Janeiro reforça seu compromisso com o cuidado integral à saúde, reconhecendo no riso um aliado poderoso no processo de cura e bem-estar.


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