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Saúde

Baixa adesão à vacinação contra a COVID-19 preocupa especialistas em Minas Gerais

Com a chegada do inverno e o consequente aumento de casos de viroses e resfriados, a identificação de casos de COVID-19 pode ser mais difícil

24/06/2023 às 11:06 por Redação Plox

Especialistas da área da saúde mostram-se preocupados com a lenta adesão à vacinação contra a COVID-19 em Minas Gerais, incluindo sua capital, Belo Horizonte. Aproximadamente dois meses após a disponibilização da vacina bivalente para indivíduos entre 18 e 59 anos, somente 14,4% dessa população em Belo Horizonte receberam o reforço imunológico. Em Minas Gerais como um todo, esse número permanece estagnado, sendo que a maior taxa de vacinação entre adultos abaixo de 60 anos é de 14,3%, observada entre 50 e 59 anos.

Impacto no Sistema de Saúde

A baixa adesão à vacina ocorre em um momento crítico, visto que o inverno geralmente vem acompanhado de um aumento no número de casos de doenças respiratórias. "As unidades de saúde podem enfrentar uma superlotação nos próximos meses", adverte Alexandre Sampaio, infectologista e professor da Faculdade Santa Casa BH. Ele acrescenta que a combinação da infecção natural com a vacinação gera uma proteção que dura em torno de seis meses, mas que isso não é suficiente dada a contínua circulação do vírus.

 

Foto: Reprodução

Subnotificação de casos

Além disso, a subnotificação de casos em Belo Horizonte torna mais difícil uma resposta adequada do sistema de saúde. Com a chegada do inverno e o consequente aumento de casos de viroses e resfriados, a identificação de casos de COVID-19 pode ser mais difícil, o que, de acordo com Sampaio, impede uma antecipação eficaz de medidas por parte das autoridades.

Vacinas Bivalentes e seu papel

As vacinas bivalentes representam uma evolução no combate ao vírus, pois incluem tanto a cepa original quanto as subvariantes. Sampaio explica que a vacina original perdeu eficácia contra as novas variantes e, portanto, é importante que as vacinas sejam atualizadas regularmente, tal como ocorre com as vacinas contra a gripe. A Secretaria de Estado de Minas Gerais tem planos de incluir a vacina contra a COVID-19 no calendário anual de vacinação.

A necessidade de campanhas de conscientização

Carlos Starling, infectologista e ex-integrante do extinto Comitê de Enfrentamento à COVID de Belo Horizonte, enfatiza a importância das campanhas de educação em saúde. Ele acredita que campanhas criativas e eficazes são necessárias para combater a disseminação de informações falsas e incentivar a população a se vacinar.

Esforços para ampliar a vacinação

A Prefeitura de Belo Horizonte informou que está realizando campanhas de repescagem para todos os grupos já convocados para vacinação. Além disso, alguns postos de saúde estarão abertos aos finais de semana para facilitar o acesso da população às vacinas. A lista completa de locais de vacinação pode ser encontrada no tópicos:

Adesão à Vacina Bivalente na População Adulta e Idosa

A vacinação bivalente, que se trata de uma segunda geração da vacina contra a COVID-19, contendo a cepa original do vírus e suas subvariantes, vem encontrando resistência em Belo Horizonte e no estado de Minas Gerais. A população entre 18 e 59 anos apresenta uma adesão particularmente baixa, com somente 14,4% dos habitantes de Belo Horizonte nessa faixa etária tomando o reforço. Para os idosos de 60 a 69 anos, a cobertura é de 26,14%. No entanto, os dados indicam que essa adesão tem sido ainda mais baixa entre os idosos acima de 70 anos.

Alexandre Sampaio, infectologista e professor da Faculdade Santa Casa BH, enfatiza que a vacina bivalente é essencial, visto que “a primeira vacina perdeu a eficácia em relação às novas variantes”. Ele adiciona que as vacinas precisarão passar por ajustes anuais, assim como ocorre com o imunizante da gripe, para garantir proteção eficaz contra o vírus em suas diversas formas.

Resistência dos Jovens e Impacto nos Mais Vulneráveis

Carlos Starling, infectologista e ex-integrante do Comitê de Enfrentamento à COVID de Belo Horizonte, expressa preocupação com a resistência dos jovens à vacina bivalente. Segundo ele, isso pode resultar em um impacto negativo para a população mais vulnerável. Starling ressalta que “a infecção natural associada à vacinação gera uma proteção de aproximadamente seis meses”, mas com o tempo essa proteção diminui e o vírus continua a circular, afetando principalmente as pessoas mais vulneráveis.

Desafios na Promoção da Educação em Saúde e Vacinação

Os especialistas atribuem a baixa adesão à vacina a uma falha generalizada na promoção da educação em saúde no país. Carlos Starling menciona a necessidade de campanhas criativas e eficazes, como a do Zé Gotinha no passado. Ele alerta que sem um esforço adequado para educar e incentivar a vacinação, há o risco de queda na proteção e de uma nova onda da doença.

Aumento na Procura por Atendimento e Subnotificação de Casos

A Secretaria Municipal de Saúde informou que as unidades de saúde em Belo Horizonte já estão registrando um aumento na procura por atendimento, com um aumento de 52,2% nos atendimentos de sintomas gripais entre maio e abril. Alexandre Sampaio destaca a persistência da subnotificação de casos em Belo Horizonte e afirma que a testagem não está sendo feita com a intensidade necessária.

Esforços para Aumentar a Cobertura Vacinal

A Prefeitura de Belo Horizonte está conduzindo uma campanha de repescagem para todos os públicos elegíveis à vacinação. Além disso, estão sendo implementadas estratégias para ampliar o acesso aos imunizantes, incluindo a abertura de alguns postos de saúde aos fins de semana. O objetivo, conforme comunicado da Prefeitura é aumentar a cobertura vacinal e reduzir os riscos de uma nova onda de infecções por COVID-19 na cidade.

Recomendações aos Cidadãos

Alexandre Sampaio e Carlos Starling enfatizam a importância da população seguir as recomendações dos profissionais de saúde, como manter o uso de máscaras em locais fechados, evitar aglomerações e, acima de tudo, se vacinar. Eles lembram que a vacinação em massa é fundamental para a contenção da doença e para evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde.

Possíveis Sanções e Restrições

Embora ainda não tenha sido oficialmente anunciado, há discussões sobre possíveis sanções ou restrições para aqueles que se recusarem a receber a vacina bivalente. Essas medidas podem incluir limitações no acesso a certos locais públicos ou a participação em eventos. Os especialistas e autoridades acreditam que tais medidas poderiam incentivar mais pessoas a se vacinarem.

Colaboração e Solidariedade Comunitária

Carlos Starling destaca a importância da solidariedade comunitária neste momento. Ele sugere que os indivíduos incentivem seus amigos, familiares e vizinhos a se vacinarem, e que as comunidades se unam em esforços para educar e informar uns aos outros sobre a importância da vacinação.

Conclusão

A baixa adesão à vacina bivalente contra a COVID-19 em Belo Horizonte e Minas Gerais representa um desafio significativo para a saúde pública. A eficácia das vacinas originais está diminuindo com o surgimento de novas variantes, tornando essencial a atualização da vacinação. A população é aconselhada a aderir às campanhas de vacinação e seguir as medidas de precaução recomendadas pelos profissionais de saúde. A educação em saúde, a colaboração comunitária e, possivelmente, medidas restritivas, são vistas como estratégias essenciais para aumentar a adesão à vacina e evitar uma nova onda da doença.

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