Celulares antigos voltam a moda entre crianças para evitar riscos de smartphones

Movimentos de pais têm sugerido esses dispositivos baseados em pesquisas que apontam prejuízos dos smartphones para jovens

Por Plox

24/06/2024 09h47 - Atualizado há 3 meses

Com o objetivo de proteger seus filhos dos prejuízos dos smartphones, pais têm recorrido a celulares antigos, conhecidos como "dumbphones", e a relógios-telefone. Esses aparelhos, que oferecem poucas funções além de chamadas, são vistos como uma forma de reduzir os danos relacionados às redes sociais na infância e adolescência.

Foto: freepik


Os "dumbphones", que antes eram inovadores, agora são valorizados pela simplicidade. Eles permitem aos pais manter contato com os filhos sem as distrações e perigos dos smartphones modernos, que podem causar vício e afetar a saúde mental. Além de serem uma opção econômica, custando cerca de R$ 100, comparados aos smartphones que não saem por menos de R$ 600.
Movimentos de pais têm sugerido esses dispositivos baseados em pesquisas que apontam prejuízos dos smartphones para jovens. No Brasil, o Movimento Desconecta, que já conta com 20 mil seguidores, promove a ideia de que crianças não devem ter smartphones antes dos 14 anos e que redes sociais só devem ser usadas após os 16.
Internacionalmente, iniciativas semelhantes ganham força. Nos EUA, o grupo Wait Until 8th e, na Inglaterra, o Smartphone Free Childhood, incentivam pais a adiar o acesso dos filhos aos smartphones.
Além dos "dumbphones", relógios inteligentes para crianças são outra alternativa. Esses dispositivos permitem ligações e têm GPS para localização, sendo controlados pelo smartphone dos pais.
Os relógios, que custam entre R$ 100 e R$ 400, podem ser bloqueados em horários específicos, como durante as aulas, permitindo apenas chamadas de emergência.
O mercado tem percebido essa tendência. Nos Estados Unidos, a venda de "dumbphones" está em crescimento, com startups focadas nesses produtos e grandes fabricantes como a Nokia adotando slogans como "Dumb phone, smart choice".
A pressão social é uma preocupação, especialmente quando as crianças crescem e desejam smartphones modernos. Coleguinhas munidos de celulares de última geração vão pressionar e até fazer “bulling”.
O argumento que tem levado a evitar que crianças fiquem expostas aos smartphones é que adultos têm enfrentado  problemas com redes sociais e esse risco para as crianças é ainda maior.

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