Deputado aciona PGR contra Erika Hilton por nomeação de maquiadores

Na última segunda-feira, 23 de junho de 2025, o deputado federal Junio Amaral (PL-MG) protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). A ação questiona a nomeação de dois profissionais que também atuam como maquiadores em seu gabinete na Câmara dos Deputados.

Foto: Câmara dos Deputados

Ronaldo Hass e Índy Montiel, ambos maquiadores, foram nomeados como secretários parlamentares no gabinete de Hilton. Segundo registros, Hass ocupa o cargo desde 6 de maio de 2024, com salário bruto de R$ 9.600, enquanto Montiel foi nomeado em 12 de dezembro do mesmo ano, recebendo R$ 2.126,59 mensais.

Amaral alega que a contratação dos dois profissionais configura desvio de função, uma vez que suas atividades principais seriam relacionadas à maquiagem da deputada para eventos e aparições públicas. Ele argumenta que isso contraria as normas da Câmara dos Deputados, que proíbem a contratação de serviços de caráter particular com recursos públicos.

Em resposta, Erika Hilton afirmou que ambos os assessores desempenham funções institucionais, como assessoramento em comissões, elaboração de relatórios e acompanhamento em agendas oficiais. Ela destacou que, fora das atividades parlamentares, os dois também atuam como maquiadores e, por serem seus amigos, ocasionalmente a maquiam, sendo creditados por isso em suas redes sociais.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais, com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticando a deputada por "bancar dois maquiadores com dinheiro público". Hilton reiterou que, mesmo sem a atividade de maquiagem, ambos continuariam sendo seus secretários parlamentares devido às funções que desempenham no mandato.

A PGR ainda não se pronunciou sobre a representação protocolada por Junio Amaral. O gabinete de Erika Hilton permanece à disposição para esclarecimentos adicionais sobre o caso.