Frango brasileiro volta a ser importado após controle da gripe aviária

Com OMSA reconhecendo fim do surto, países retomam compra de carne de frango do Brasil, exceto de áreas ainda restritas

Por Plox

24/06/2025 10h48 - Atualizado há 2 dias

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu o encerramento do caso de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma granja comercial brasileira, o que abriu caminho para a retomada da exportação de carne de frango para vários países. Desde a última quarta-feira, quando o Brasil declarou-se novamente livre da doença em plantel comercial, mercados internacionais começaram a suspender restrições temporárias.


Imagem Foto: Pixabay


Coreia do Sul, Iraque, Marrocos e Bolívia já informaram ao governo brasileiro o fim dos embargos. Antes, esses países mantinham diferentes tipos de bloqueios: enquanto Iraque, Coreia e Marrocos impediam a entrada de todo o frango brasileiro, a Bolívia restringia apenas a importação do produto oriundo do Rio Grande do Sul. Agora, a Coreia do Sul também aceitou aplicar o protocolo de regionalização, limitando embargos futuros apenas à área afetada.



Apesar da reabertura desses mercados, ainda restam 17 destinos com suspensão total das importações de carne de frango do Brasil. Entre eles estão China, União Europeia, Canadá, Filipinas, Peru, Argentina, Malásia, Chile, Albânia, República Dominicana, Uruguai, Índia, Sri Lanka, Macedônia do Norte, Paquistão, Mauritânia e Timor Leste.


Além disso, outras 17 nações continuam impedindo a entrada de frango especificamente do Rio Grande do Sul. Essa lista inclui Arábia Saudita, México, Reino Unido, Omã, Kuwait, África do Sul, União EuroAsiática (Rússia, Belarus, Armênia e Quirguistão), Angola, Casaquistão, Cuba, Turquia, Bahrein, Montenegro, Namíbia, Ucrânia, Tajiquistão e Bósnia e Herzegovina.



Em Montenegro, município onde foi detectado o foco da doença, Japão, Catar, Emirados Árabes Unidos e Jordânia mantêm embargos mais específicos, conforme os protocolos sanitários firmados. Outros 18 mercados optaram por limitar as restrições a um raio de 10 km da área afetada, reduzindo assim o impacto sobre a produção nacional.


O Ministério da Agricultura já notificou todos os países parceiros sobre a reabilitação do status sanitário brasileiro, mas a liberação efetiva das exportações depende da avaliação das autoridades de cada país.



Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, as negociações seguem avançando.
\"Aos poucos os mercados estão se reabrindo e o fluxo comercial, sendo retomado\", destacou Rua

. O governo brasileiro trabalha para flexibilizar os embargos restantes e minimizar os reflexos econômicos do primeiro foco comercial de gripe aviária já registrado no país.
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