Mãe de criança com doença rara teria interrompido gravidez se soubesse de anomalia, afirma

A britânica processou o sistema público de saúde

Por Plox

24/07/2019 09h08 - Atualizado há mais de 4 anos

Uma mulher chamada Lindsey Shaw deu à luz a uma bebê batizada como Emilly, em 2014, na Inglaterra.  Em um entrevista ao The Gazette, a mãe afirma que se soubesse que a bebê nasceria com uma síndrome rara, teria interrompido a gravidez. A criança é portadora de Síndrome de Aicardi, doença rara que causa anomalias na retina e convulsões.

A mulher confessou: “Eu teria interrompido minha gravidez, mas não porque ela tem uma deficiência, não porque eu não a amo, mas porque eu sabia que ela iria sofrer diariamente e não teria qualidade de vida”, conta a mãe. Ainda de acordo com Lindsey, os médicos erraram o diagnóstico do ultrassom que ela fez na 21ª semana de gestação para identificar má formação. 

A britânica processou o sistema público de saúde da Inglaterra. À Suprema Corte de Londres, os médicos do Hospital James Cook prestaram esclarecimentos e afirmaram que o ultrassom realmente não apresentou alterações, mas, em outros testes feitos foi confirmado que Emily teria Síndrome de Aicardi.

(Foto: reprodução)

(Foto: reprodução)

No processo, a mãe justifica precisar do dinheiro da indenização para arcar com o alto custo exigido nos cuidados com a filha que não fala, não anda e é quase cega. “Ela não consegue se sentar e não tem força corporal. Nós tentamos mantê-la o mais saudável possível, mas ela tem muitas infecções pulmonares”, relata.

A família tem que levar a criança a muitas consultas médicas, o que exige muito dela, e segundo Lindsey, a filha acaba tendo muitas convulsões. Wayne Walker, advogado da família, completa a fala da mãe, dizendo que a paciente deve ser informada sobre as alterações do desenvolvimento da criança para tomar a decisão sobre a continuidade da gestação a partir das informações que tem.

Atualizado às 11h42

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