Como superar a 'síndrome da segunda-feira': luta contra o desânimo
As pesquisas indicam uma maior ocorrência de infartos no início da semana do que no final de semana, correlacionando estresse e saúde física.
Por Plox
24/07/2023 11h52 - Atualizado há mais de 1 ano
O Dr. Cláudio Paixão, Doutor em Psicologia Social e professor da Escola de Ciência da Informação da UFMG, aponta que esta aversão é notada em sete a cada dez indivíduos. A síndrome pode se manifestar por meio de sintomas físicos, como dores abdominais, cefaleia e aceleração cardíaca, e psicológicos, como tristeza, irritação e ansiedade. Tais sintomas costumam iniciar no domingo à noite, ao lembrar da rotina que se reinicia.
Contudo, Paixão ressalta que a "Síndrome da Segunda-feira" não é uma doença, mas uma condição que impacta muitas pessoas. As pesquisas indicam uma maior ocorrência de infartos no início da semana do que no final de semana, correlacionando estresse e saúde física.

Entendendo as Causas
Segundo Paixão, é crucial analisar o fenômeno sob quatro pontos de vista: a causa material (o que acontece no organismo do indivíduo e como se manifesta a síndrome), a causa eficiente (o que levou ao surgimento desta condição), as causas formais (comportamentos visíveis resultantes da síndrome) e as causas finais (o que motivou o medo do início da semana e o que está por trás desse estado).
A Realidade Atual e a Busca pelo Equilíbrio
Vivemos num mundo que prioriza eficiência e resultados, muitas vezes em detrimento da saúde mental e emocional. Este contexto pode levar a uma visão polarizada entre os dias úteis e o final de semana. No entanto, é fundamental quebrar este ciclo de altos e baixos e buscar um equilíbrio na rotina, sugere Paixão.
É importante repensar a forma como vivemos nossos finais de semana, explorando atividades culturais, saindo da rotina, propondo novos desafios, valorizando os pequenos momentos e, acima de tudo, buscando um equilíbrio entre trabalho e lazer.
A Perspectiva Fisiológica
Além dos fatores emocionais e psicológicos, o "Síndrome da Segunda-feira" também tem um aspecto fisiológico. A mudança da rotina de descanso para a rotina de trabalho pode resultar em um desequilíbrio de neurotransmissores, gerando estresse, que por sua vez, leva à liberação de hormônios como cortisol e adrenalina. Segundo Paixão, a necessidade de adaptação rápida ao início da semana gera um estresse físico e mental.
Em Busca de Soluções
Se a "Síndrome da Segunda-feira" se tornar um incômodo persistente, é recomendado procurar ajuda psicológica para compreender e abordar a origem do problema. É crucial encontrar um equilíbrio entre trabalho e prazer na vida diária. Afinal, como ressalta o Dr. Cláudio Paixão, "Tudo na nossa vida acontece atendendo a um propósito."
Então, que tal começar a repensar como lidamos com nossas segundas-feiras?