Advogadas suspeitas de ligação com Comando Vermelho são alvo de operação em presídio de MG

Mulheres são investigadas por uso indevido do parlatório para intermediar crimes em unidade prisional de Muriaé

Por Plox

24/07/2025 17h16 - Atualizado há 8 dias

Uma operação coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com outras forças de segurança do Estado, está investigando o uso indevido do parlatório da Penitenciária Doutor Manoel Martins Lisboa Júnior, localizada em Muriaé, na Zona da Mata mineira.


Imagem Foto: MPMG / Divulgação


Segundo o MPMG, o foco da investigação são mulheres que se apresentavam como advogadas e que, supostamente, estariam agindo em nome da facção criminosa Comando Vermelho. Elas teriam usado a prerrogativa de acesso reservado ao parlatório para manter comunicações ilícitas entre detentos e comparsas do lado de fora da prisão.



Essas comunicações, conforme apurado, visavam garantir a continuidade de atividades criminosas como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes violentos. O esquema, segundo o Ministério Público, vinha sendo realizado de maneira sistemática e organizada, com o uso da estrutura jurídica para fins ilícitos.



Com autorização da Justiça, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências das investigadas e nas celas dos presos envolvidos. Durante a operação, batizada de 'Desordem', foram apreendidos celulares, documentos e dispositivos eletrônicos, que podem reforçar as suspeitas de uso abusivo da advocacia.


Além disso, a Justiça determinou, de forma cautelar, a suspensão temporária do direito das advogadas investigadas de realizarem atendimentos presenciais no presídio. A medida tem como objetivo imediato interromper o fluxo de comunicação entre os criminosos.


A operação segue em andamento e o material recolhido será analisado pelas autoridades para aprofundar a apuração dos fatos.


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