Preso na Indonésia brasileiro com mais de 3 kg de cocaína pode enfrentar pena de morte

Um brasileiro foi preso no último dia 13 de julho ao desembarcar na Ilha de Bali, na Indonésia, transportando mais de três quilos de cocaína em sua bagagem. A prisão, que ocorreu no aeroporto local, foi confirmada pela agência antinarcóticos da Indonésia nesta quinta-feira (24).

Foto:  Reprodução/Youtube… -

As autoridades encontraram os entorpecentes distribuídos em dois pacotes, escondidos dentro de uma mochila e uma mala que pertenciam ao suspeito. Ele foi apresentado à Justiça durante uma audiência na qual também compareceu uma sul-africana, detida no mesmo dia, que tentava entrar no país com quase 1 kg de metanfetamina escondida nas roupas.

Durante o interrogatório inicial, o brasileiro afirmou que entregaria a droga a um homem em Bali. No entanto, durante a audiência, permaneceu em silêncio. A identidade do suspeito não foi revelada, o que dificulta o acesso a informações sobre sua defesa e seu estado atual.

As leis da Indonésia relacionadas ao tráfico de drogas estão entre as mais rigorosas do planeta. O país asiático prevê a pena de morte para esse tipo de crime, embora a última execução tenha ocorrido em 2016, quando um cidadão indonésio e três nigerianos foram mortos por fuzilamento. Desde então, a pressão internacional contra a pena capital tem aumentado, mas dezenas de pessoas ainda aguardam a execução.

Em 2015, os brasileiros Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte foram executados na Indonésia após condenação por tráfico de drogas, mesmo diante de apelos do governo brasileiro para que a pena não fosse aplicada.

Em um caso recente, ocorrido em 2023, a brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias escapou da pena de morte após ser flagrada com 3 kg de cocaína no aeroporto de Bali. A defesa alegou que ela havia sido enganada por uma organização criminosa internacional e não sabia que carregava a droga. A Justiça indonésia a condenou a 11 anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 1 bilhão de rúpias indonésias, cerca de R$ 300 mil.

A reportagem tentou contato com o Ministério das Relações Exteriores para obter informações adicionais sobre o caso mais recente, mas ainda não obteve retorno.

O caso reacende o alerta sobre os perigos enfrentados por brasileiros que se envolvem com o tráfico internacional de drogas, especialmente em países com legislações extremamente severas como a Indonésia.