Senado recebe 29 pedidos de impeachment contra Moraes
Requerimentos contra o ministro Alexandre de Moraes se acumulam desde 2021, mas nenhum foi adiante
Por Plox
24/07/2025 13h31 - Atualizado há 8 dias
O número de pedidos de impeachment protocolados contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alcançou a marca de 29 desde 2021. O mais recente deles foi apresentado nesta quarta-feira, 23 de julho, pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), em meio a uma crescente tensão entre Judiciário e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Este é o sexto pedido apenas em 2025. Apesar da intensidade com que a oposição tem buscado retirar Moraes do cargo, o Senado, sob a presidência de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não permitiu que qualquer uma das ações avançasse até o momento. O fato tem provocado fortes críticas por parte de políticos contrários ao governo e aos recentes desdobramentos judiciais envolvendo Bolsonaro.
A nova ofensiva de Flávio ocorre em um cenário de crise institucional e internacional. O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, ainda responde a investigações sobre uma suposta tentativa de golpe, e foi alvo recentemente de medidas cautelares aplicadas por Moraes. Enquanto isso, o Brasil também lida com tensões diplomáticas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter imposto uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e criticado abertamente a possibilidade de Bolsonaro ser preso.
Grupos ligados ao bolsonarismo têm intensificado as acusações contra Moraes, alegando perseguição política e uso abusivo de decisões individuais. Em resposta, manifestações foram organizadas para o dia 3 de agosto por apoiadores do ex-presidente. Os protestos têm como foco não só as ações judiciais contra Bolsonaro, mas também críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à atuação do Supremo Tribunal Federal.
\"O presidente do Senado tem a obrigação de agir diante do clamor da população e da oposição\", afirmou um dos parlamentares críticos à postura de Davi Alcolumbre
A pressão sobre o Senado deve aumentar nas próximas semanas, especialmente com o calendário das manifestações se aproximando e com a crescente cobrança pública sobre o comportamento do Legislativo frente às ações do STF.