Lula deve definir novo presidente do Banco Central na próxima semana

Equipe econômica solicita agilidade na escolha do sucessor de Campos Neto, com Gabriel Galípolo sendo o favorito

Por Plox

24/08/2024 09h24 - Atualizado há cerca de 1 mês

A equipe econômica do governo Lula solicitou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuncie na próxima semana o nome do novo presidente do Banco Central (BC), sucedendo Roberto Campos Neto. A escolha dos novos diretores do BC será realizada em um momento posterior, conforme indicaram fontes próximas às negociações, que envolvem também o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Favoritismo de Gabriel Galípolo

Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, é o nome mais cotado para assumir a presidência do Banco Central. Tanto no Congresso quanto no governo, não se espera que ocorram surpresas de última hora quanto à sua indicação.

Negociações para a sabatina

As negociações avançam para que a sabatina do indicado para o comando do BC seja realizada durante o esforço concentrado de votação presencial no Senado, programado para os dias 2, 3 e 4 de setembro. Esse período foi escolhido estrategicamente, quando as sessões serão obrigatoriamente presenciais.

Dependência da PEC de autonomia orçamentária

A confirmação da data da sabatina depende também do progresso nas negociações para a votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que visa conceder autonomia orçamentária ao Banco Central, permitindo assim a liberação da sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. Essa demanda foi destacada por membros da própria comissão, conforme revelou a Folha de S. Paulo.

Impasses no Senado e o PDL sobre armas

O presidente da CAE, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), afirmou que a marcação da sabatina não está diretamente vinculada à aprovação da PEC, mas mencionou outro obstáculo. Segundo ele, problemas de articulação do governo na votação do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) que anula partes do decreto sobre armas, assinado por Lula em 2023, têm criado tensões no Senado. Cardoso ressaltou a quebra de acordo que resultou no adiamento da votação do PDL nesta semana, embora o Senado tenha aprovado a urgência para o projeto, com a votação agora marcada para a próxima terça-feira (27). “Quebraram o acordo”, declarou Cardoso, acrescentando que o governo precisa melhorar sua comunicação e diálogo com o Congresso. “Não adianta meter goela abaixo que não vai passar”, disse ele, relator do PDL.

Expectativas para antes da próxima reunião do Copom

A cúpula do Ministério da Fazenda, liderada por Fernando Haddad, já discutiu com Rodrigo Pacheco a importância de que a sabatina ocorra antes da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), agendada para os dias 17 e 18 de setembro. Integrantes da equipe econômica destacam que o prazo para a indicação é prerrogativa de Lula, mas enfatizam a urgência de que a escolha seja feita o quanto antes para garantir uma coordenação eficaz das expectativas do mercado.

 

 

 

 

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