Aluno que cravou lápis na cabeça de colega é transferido de escola em Praia Grande (SP)
Menino de 9 anos foi agredido dentro de sala de aula; autor do ataque será acompanhado pelo Conselho Tutelar e encaminhado aos serviços de saúde pública
Por Plox
24/08/2025 12h57 - Atualizado há 2 dias
O estudante que cravou um lápis na cabeça de um colega de classe durante uma briga dentro de uma escola municipal em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi transferido de unidade escolar e será monitorado pelo Conselho Tutelar.

O incidente ocorreu na última terça-feira (19), na Escola Municipal Mahatma Gandhi, localizada no bairro Jardim Melvi. Kaue Martins Nascimento, de 9 anos, foi atingido pelo colega enquanto arrumava os materiais para ir embora. O menino foi levado ao Hospital Irmã Dulce, onde o lápis foi removido e ele recebeu dois pontos na cabeça.
A mãe do garoto, Karoline Sthefani Martins Nascimento, relatou que o filho estava desenhando em sala quando foi provocado. Após pedir que o colega parasse, o clima entre os dois esquentou. Segundo ela, o menino agressor ficou irritado, deu socos no rosto de Kaue e, posteriormente, o atingiu pelas costas com o lápis na cabeça.
De acordo com a Prefeitura de Praia Grande, o aluno autor da agressão foi transferido de escola e será encaminhado aos serviços públicos de saúde assim que iniciar os estudos na nova unidade. A administração municipal afirmou que o Conselho Tutelar foi notificado e continuará acompanhando o caso.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a ocorrência foi registrada na Delegacia Eletrônica no dia seguinte (20) e que o 3º Distrito Policial da cidade está conduzindo as investigações. A Promotoria da Vara da Infância e Juventude assumirá os procedimentos, por se tratar de menores de idade.
Em nota, a Secretaria de Educação de Praia Grande lamentou o episódio e repudiou qualquer tipo de violência entre alunos. A pasta declarou que a equipe da escola prestou socorro imediato ao estudante e não havia registros anteriores de conflitos entre os envolvidos. Também informou que os responsáveis já foram atendidos e que sanções disciplinares estão sendo aplicadas diante da gravidade do ocorrido.
Como parte das ações preventivas, a rede municipal conta com pedagogas comunitárias que realizam círculos restaurativos e psicólogos educacionais que promovem palestras sobre temas socioemocionais, visando a construção de um ambiente escolar mais seguro.