Michelle Bolsonaro reage a ação no STF e afirma não ter medo de investigação
Ex-primeira-dama disse que valores em sua conta têm origem lícita e classificou ação de Lindbergh Farias como manobra política
Por Plox
24/08/2025 12h02 - Atualizado há 3 dias
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro declarou que não teme investigações do Supremo Tribunal Federal (STF), após o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, protocolar uma representação criminal contra ela, o ex-presidente Jair Bolsonaro e os filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro.

Em nota divulgada pela sua assessoria e publicada no perfil oficial do PL Mulher no Instagram, Michelle afirmou que “nada deve e, portanto, não teme e não está preocupada com qualquer tipo de investigação, em especial em relação à origem e destinação dos valores movimentados em sua conta, pois eles têm origem totalmente lícita, provêm de suas atividades profissionais e empresariais e compõem o patrimônio da sua família, composta por seu marido e suas filhas”.
Ainda no comunicado, a ex-primeira-dama classificou a iniciativa de Lindbergh como “mais uma manobra do governo lulopetista e de seus aliados do sistema para criar uma cortina de fumaça e desviar a atenção do povo”. O texto também acusou a esquerda de agir por medo de uma eventual volta de Bolsonaro ao poder.
“Eles temem o retorno de Bolsonaro à presidência, pois, assim como o retorno de Trump, isso representará o fim do sistema corrupto, defendido com unhas, dentes e ilegalidades pela esquerda”
, concluiu.
A representação apresentada pelo deputado petista ao ministro Alexandre de Moraes tem como base um relatório da Polícia Federal (PF), divulgado em 20 de agosto, que aponta movimentações financeiras suspeitas. Entre elas, estão os R$ 30,5 milhões recebidos por Jair Bolsonaro entre 2023 e 2024, além de uma transferência de R$ 2 milhões à conta de Michelle que não teria sido declarada.
O pedido de Lindbergh solicita, ainda, o bloqueio e sequestro de bens da família Bolsonaro, além da quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático de Jair, Michelle, Eduardo e Carlos. Também requer que a Procuradoria-Geral da República (PGR) seja ouvida para instaurar um inquérito.
De acordo com o parlamentar, “o padrão percorrido de movimentações atípicas, blindagem de patrimônio, envolvimento da família e uso de terceiros revela dolo específico e comportamento continuado”.
A reação de Michelle Bolsonaro marca mais um capítulo da disputa judicial e política que envolve a família do ex-presidente, agora sob análise do STF.