PT acusa Trump de tentar influenciar eleições brasileiras de 2026

Em primeira reunião do novo diretório nacional, partido aponta risco de interferência dos EUA, defende regulação das redes sociais e convoca atos para o 7 de setembro

Por Plox

24/08/2025 11h31 - Atualizado há 22 dias

Na capital federal, o Partido dos Trabalhadores divulgou neste fim de semana uma resolução após a primeira reunião de seu novo diretório nacional, agora sob a presidência de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP). O documento aponta que o governo dos Estados Unidos, sob comando de Donald Trump, estaria articulando uma ofensiva para tentar derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026.


Imagem Foto: Site PT 


Segundo o texto, o Brasil estaria enfrentando “um ataque profundo à sua soberania”, impulsionado por políticas classificadas como “imperialistas e de extrema-direita”. Para os petistas, essa estratégia teria apoio do bolsonarismo e de setores da direita nacional.
“O que Trump e seus aliados da direita brasileira pretendem, e não terão êxito, é derrotar, nas eleições de 2026, o projeto de desenvolvimento nacional que estamos consolidando sob a liderança do Presidente Lula”

, diz a resolução.


Além das críticas ao governo americano, o partido definiu como prioridade a votação de um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil, tema que deve ser analisado em breve pela Câmara dos Deputados. Outro ponto central foi a defesa da regulação das redes sociais. De acordo com o documento, as chamadas big techs estariam na linha de frente das agressões à sociedade, o que exigiria uma legislação específica para garantir informação de qualidade e a preservação da democracia. “Sua regulação é imperativa não apenas para assegurar ciência e políticas públicas, mas também como defesa estrutural da democracia e da soberania nacional”, afirma o texto.



O PT também convocou centrais sindicais e movimentos sociais para atos no dia 7 de setembro, com o lema “Quem manda no Brasil é o povo brasileiro”. Do outro lado, grupos bolsonaristas também organizam manifestações na mesma data, com pautas ligadas à anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.



Esse encontro marcou a estreia de Edinho Silva no comando do diretório nacional da legenda, reforçando a estratégia do partido em unir a defesa de políticas internas, como a reforma tributária e a regulação digital, à denúncia de pressões externas que, segundo o PT, ameaçam a soberania do país.


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