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O mercado imobiliário de médio padrão sofreu uma queda significativa no número de lançamentos durante o segundo trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. De acordo com um estudo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e da Brain Inteligência, divulgado no evento Incorpora Abrainc, o aumento das taxas de juros e o custo elevado do financiamento têm sido os principais obstáculos enfrentados por esse segmento. Imóveis considerados de médio padrão, com metragem entre 60 m² e 80 m², geralmente financiados com o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), estão sendo impactados.
Segundo o estudo, o mercado de médio padrão, que havia representado 60% do Valor Global Lançado (VGL) no mesmo período de 2023, agora representa apenas 50%. Em comparação, o mercado de alto padrão e o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida contribuíram com 26% e 24%, respectivamente. A capital paulista, maior mercado imobiliário do Brasil, registrou uma queda ainda mais acentuada, com o VGL do segundo trimestre de 2024 atingindo 50%, uma redução significativa em relação aos 66% do ano anterior.
Custo de financiamento afeta demanda e novos projetos
O aumento das taxas de financiamento tem sido apontado como um dos principais fatores para a queda nos lançamentos. Atualmente, a taxa média de juros para o financiamento de imóveis varia entre 10,49% e 11,49%, o que compromete a capacidade de compra da classe média. Luiz França, presidente da Abrainc, afirmou que, embora a classe média tenha o desejo de adquirir imóveis, os altos custos de crédito e financiamento estão dificultando o acesso ao crédito, o que também impacta a capacidade das incorporadoras de lançar novos projetos.
França destacou ainda a baixa relação de Crédito Imobiliário sobre o Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, que é de apenas 10%, enquanto países desenvolvidos da União Europeia possuem uma média de 40%, com o Reino Unido ultrapassando 70%. Ele também observou que os recursos provenientes da caderneta de poupança não são mais suficientes para atender à demanda do setor imobiliário, sugerindo que outros instrumentos financeiros, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os Fundos Imobiliários de Desenvolvimento, ganhem relevância.
Impacto na geração de emprego e renda
Rubens Menin, proprietário da MRV, reforçou a preocupação com o cenário econômico, apontando a atual taxa de juros adotada pelo Banco Central, de 10,45%, como o maior obstáculo enfrentado pelo setor imobiliário. Segundo Menin, embora a intenção de compra de imóveis tenha atingido o maior patamar já registrado, com 48% dos entrevistados demonstrando interesse em adquirir um imóvel, a faixa de renda entre R$ 10 mil e R$ 20 mil por mês — considerada classe média — registra um nível menor de intenção, com apenas 40%.
Menin destacou ainda o potencial de crescimento do setor, afirmando que o mercado imobiliário ainda tem muito espaço para se expandir. “Estamos vendendo casa para quem nasceu há 30 anos. Então tem um mundo para [o setor] crescer”, concluiu.
Expectativas com as eleições e políticas habitacionais
Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain Inteligência Estratégica, destacou que a habitação continua sendo uma prioridade para a população brasileira, especialmente com a proximidade das eleições, que gera expectativa sobre possíveis políticas públicas voltadas à facilitação do acesso à moradia. A habitação, segundo Araújo, é um desejo universal, e o setor imobiliário se beneficia diretamente de políticas que incentivem o financiamento acessível para a classe média.
O estudo reforça a importância da classe média para o desempenho do mercado imobiliário brasileiro, que desempenha um papel crucial na geração de emprego e renda. Contudo, a alta dos juros e o custo do crédito continuam a representar desafios significativos para o setor, especialmente no que se refere ao financiamento habitacional.
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